RENATO RIELLA
Não adianta contestar as pesquisas, que são verdadeiras. Só se trocar o povo, o que parece impossível.
O certo é que o governo Dilma Rousseff obteve aprovação de 63% dos brasileiros, que avaliaram a gestão da presidente do Brasil como boa ou ótima, segundo a pesquisa Ibope, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a qual coincide com os resultados de outras pesquisas.
Somente 7% das pessoas consideram ruim ou péssimo o desempenho do governo.
A aprovação do modo de governar e a confiança na presidente obtiveram 79% de aprovação, contra 17% de desaprovação; e 75% confiam na presidente, contra 22% que dizem não confiar. O otimismo com relação ao restante do governo cresceu três pontos percentuais e atingiu 65%.
Ela tem aceitação popular acima do obtido por Fernando Henrique Cardoso e Lula. Isso corresponde à realidade do país, pois as condições de vida, de modo geral, melhoraram (mais ainda se houver comparação com a situação dos outros países).
Os problemas são conhecidos e o povo de certa forma se habituou a eles. O visível é o desemprego baixo, condições de renda e de endividamento em alta, maior poder de consumo, etc. Além disso, Dilma conseguiu se distanciar dos escândalos e fica longe também do Congresso, onde as coisas ruins predominam. Para completar, fez de conta que não viu o debate sobre o mensalão.
Desse jeito, Dilma se reelege em primeiro turno, tendo Aécio Neves como concorrente apenas para marcar posição de oposição. O quadro só muda se houver algum fato muito grave, muito marcante, que atinja todas as faixas da sociedade e todas as regiões.
Os analistas políticos que têm “nome a zelar” não se arriscam a fazer afirmativas tão incisivas, mas intimamente sabem que a realidade é mesmo esta. Da minha parte, não perco nada se estiver errado – mas estou certo, vocês vão ver. E nem sei se voto nela…