Entre dívida interna e dívida externa, o Brasil deve R$ 2,067 trilhões. A chamada Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em R$ 21 bilhões em fevereiro. No ano, quase R$ 300 bilhões são gastos para o governo administrar esta dívida, principalmente agora, que a taxa de juros Selic vem sendo aumentada constantemente.
O baixo volume de vencimentos e o reconhecimento de juros fizeram a Dívida Pública Federal subir 1,03% em fevereiro, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional.
A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna subiu de R$ 1,950 trilhão para R$ 1,975 trilhão. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 8,14 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Também contribuiu para a alta o reconhecimento de R$ 16,6 bilhões em juros. O reconhecimento se dá porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.
A dívida pública externa encerrou fevereiro em R$ 92,46 bilhões, com queda de 3,95% em relação ao valor de janeiro, quando tinha atingido R$ 96,27 bilhões. A redução foi puxada pela queda de 3,83% do dólar no mês passado.
A tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano acima de R$ 2,17 trilhões.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.