O dólar está subindo sem parar. Dizem que isso é bom para a indústria e para as exportações, de maneira geral, pois nossas vendas ficam facilitadas pela desvalorização do real.
Por outro lado, essa variação cambial reduz os gastos dos brasileiros no exterior, que estavam desequilibrando mais ainda as contas do Brasil.
O certo é que a cotação do dólar fechou, ontem (3), em nova alta face ao real, atingindo o maior valor cambial dos últimos 12 anos.
A moeda norte-americana subiu 0,87%, encerrando a sessão cotada a R$ 3,4545 na venda (dólar comercial).
Nas últimas nove sessões, o dólar subiu em oito. Desde o início do ano até segunda-feira, dia 03, a divisa norte-americana acumula alta de 29,93%.
De acordo com as agências financeiras, o Banco Central sinalizou que não intervirá no mercado cambial.
A turbulência política no Brasil e a prisão, ontem, de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Lula, aumentaram as incertezas entre os investidores internacionais.
Especialistas acham que o dólar sobe mais, o que será péssimo para quem assumiu dívidas em moeda estrangeira. É péssimo também para os importadores e cria impacto negativo no controle da inflação.
Mas o dólar alto veio para ficar. Não adianta reclamar.
