Em mais um dia de turbulência no mercado financeiro, a moeda norte-americana voltou ontem a bater recorde, o que é um fator inflacionário no quadro brasileiro, despertando preocupação do Banco Central.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira vendido a R$ 2,648 com alta de R$ 0,035 (1,34%). O valor é o mais alto desde 4 de abril de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,659.
A cotação não caiu mesmo após a confirmação da nova equipe econômica, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central.
A instabilidade é agravada pelo cenário externo, principalmente depois que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, encerrou o programa de injeção de dólares na economia mundial motivado pela recuperação do emprego nos Estados Unidos.
O dólar não tem caído apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,75% ao ano.
Em tese, os juros domésticos mais altos ajudam a derrubar o dólar porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para os aplicadores internacionais.
Depois de três dias seguidos de queda, a Bolsa de Valores fechou em alta nesta quinta-feira. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão com alta de 0,63%, mas continua abaixo de 50 mil pontos, o que não ocorria desde março deste ano. As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 0,09% e ficaram praticamente estáveis.