CARLOS MARCHI
Duas tragédias assolam a esquerda em qualquer país ou época.
Uma é o caráter dinástico das suas sucessões. Exemplos atuais: os Castro em Cuba e os Kim Jong na Coréia do Norte.
Esse caráter dinástico é profundamente conservador, pois iguala a esquerda à tradição monarquista. Nega a democracia e ignora os interesses do povo.
Outra é a negação da meritocracia. Nos governos de esquerda, o que prepondera é a pureza ideológica e a “confiança” política.
Não importa que o ocupante de um cargo tenha expertise ou seja capaz. Importa é que seja “cumpanhêru”.
A primeira tragédia faz com que esses governos terminem sendo terrivelmente impopulares.
A segunda faz com que fracassem administrativamente por sua generalizada incompetência.
Quando se esgotam, não caem simplesmente. Desabam.