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jul 29 2014

ELEIÇÃO AINDA EM BANHO-MARIA, SEM GRANDES SURPRESAS

RENATO RIELLA

Existe uma ansiedade sobre pesquisas eleitorais, no que se refere a governador do DF e presidente da República, mas não estamos em época de surpresas.

Os resultados das pesquisas vão revelar sempre o mesmo cenário, as mesmas tendências, com diferenças percentuais pouco significativas.

No caso da presidente Dilma Rousseff, ela tomou grandes sustos nos últimos meses, mas conseguiu manter uma base que varia de 35% a 40% nas pesquisas, com chance de vencer a eleição em primeiro turno.

Uns e outros dizem que Aécio Neves (PSDB) ou Eduardo Campos (PSB) podem crescer e engolir Dilma, mas não houve ainda ambiente para isso.

Dilma superou as grandes crises sem cair abaixo dos 30% em nenhuma pesquisa. Seu baque maior foi nas manifestações de junho do ano passado.

Na Copa do Mundo, ela foi xingada por estádios lotados como nunca nenhum político foi tão agredido na história mundial e do Brasil. No entanto, manteve-se mais ou menos na mesma dimensão, liderando as pesquisas e sonhando com a recuperação da imagem.

Não se iludam: se Dilma trabalhar direito, aproveitando-se dos erros dos dois adversários, pode ganhar a eleição em primeiro turno. Para isso, seria importante ter o apoio decisivo do ex-presidente Lula, mas parece que ele está resistindo para cair em campo.

No plano local, a mesma coisa acontece. Todas as pesquisas indicam o ex-governador José Roberto Arruda à frente da disputa, com percentual perto da casa dos 20%.

O governador Agnelo Queiroz tem de 5% a 7% menos e o candidato do PSB, Rodrigo Rollemberg, menos ainda. O candidato do PSDB, Pitiman, está ainda bem abaixo dos 10%.

Tudo isso pode mudar se Arruda for retirado da campanha pela Justiça Eleitoral. Nesse caso, seus 20% de votos vão se redirecionar. Para quem? Quem poderá herdar os votos do Arruda?

Outra dúvida na eleição do DF é o ex-governador Joaquim Roriz. Será que ele recupera a saúde antes de 5 de outubro? Será que ele estará disponível para influir na campanha nos meses de agosto e setembro?

Tanto no plano federal como no estadual, o retrato é este, de estabilidade, sem grandes choques. O que houver de novidade virá do programa eleitoral na TV e das decisões chocantes da Justiça Eleitoral.

Portanto, não fiquem ansiosos por pesquisas. Grandes surpresas não serão anunciadas antes de 15 de agosto.

O povo está ralando e andando para a eleição.

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