RENATO RIELLA
A eleição de deputado federal em Brasília será a mais complicada. Teoricamente, a maioria dos atuais eleitos ficará de fora, por motivos diversos. Pode acontecer tudo.
O PT acha que pode eleger dois ou três federais. A disputa se dará entre os quatro nomes mais importantes.
Erika Kokai é deputada eleita e tem muita chance de se reeleger, com apoio da CUT, dos gays, etc. Policarpo, presidente do PT-DF, deve ter crescido e pode chegar lá.
O deputado distrital Patrício, ex-cabo, quer ser candidato a federal. Presume-se que ele perdeu muito eleitorado na Polícia Militar, mas acha que ampliou eleitorado quando foi presidente da Câmara Legislativa.
Outro candidato forte do PT é Rafael Barbosa, que acaba de deixar a Secretaria de Saúde, onde abriu muitos contatos.
Geraldo Magela seria bom concorrente, mas provavelmente vai sair candidato ao Senado.
Os petistas podem bancar uma segunda coligação. Se isso acontecer, um concorrente a deputado federal é Messias de Souza, ex-administrador de Brasília, do PCdoB, bastante ligado ao governador Agnelo Queiroz.
Ainda dentro do PT, há boatos de que o distrital Chico Leite tentará ser deputado federal. Será que isso vai acontecer?
PSB TENTA ELEGER DOIS
O PSB sonha em eleger dois federais e conta com um trunfo expressivo, na pessoa do professor Granjeiro, dono do GranCursos, calouro na política, mas detentor de grande público entre os concurseiros.
Outro nome do PSB para a Câmara Federal é Jaime Recena, ex-administrador do Lago Norte. Ele é presidente da Abrasel-DF, entidade que reúne os donos de restaurante do DF.
No PSDB, onde Luiz Pitiman deixa a Câmara Federal para ser candidato a governador, quem tenta a reeleição é o deputado Izalci Lucas. A previsão nessa área é vaga, pois não se sabe como o PSDB vai sair na eleição.
Um parceiro natural do PSDB na disputa da Câmara Federal seria o DEM de Alberto Fraga, mas a situação desse ex-deputado é bastante confusa e ele sonha até em ser candidato ao Senado.
Em caso igual ao do Fraga está a distrital Eliana Pedrosa, do PPS. Acredito que ela será candidata a deputada federal, com boa votação, mas dependendo do voto proporcional para se eleger.
Todos os que sonham com essa disputa levam em conta que estarão fora da eleição de deputado federal nomes fortes como Reguffe, Magela, Pitiman e Paulo Tadeu (este último virou conselheiro do Tribunal de Contas do DF).
Há inseguranças no campo da Justiça que podem agitar a eleição. Por exemplo, a deputada federal Jaqueline Roriz tem um processo complicado no Supremo Tribunal Federal, que pode tirá-la da disputa.
O mesmo ocorre com Rôney Nemer, principal nome do PMDB para a eleição de deputado federal. Depois que o distrital Ailton Gomes foi condenado pela Justiça do DF em segunda instância, sabe-se que o próximo da lista a ser julgado será Rôney. Resta a ele esperar que isso não aconteça tão cedo.
Na disputa, há nomes que não podem ser desprezados. É o caso do deputado federal Ronaldo Fonseca, candidato à reeleição, e do distrital Alírio Neto, do PEN, assim como do ex-deputado Bessa.
Isso sem contar a Igreja Universal, que na reta final entra na disputa.
Portanto, fiquemos atentos. Está tudo longe de uma definição, mas vai ser bem interessante.
(Peço desculpa aos que não citei. Foi puro esquecimento)
