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out 21 2014

EPA! EPA! ELEIÇÃO NO DF FICOU INDEFINIDA

RENATO RIELLA

Não vou falar em números de pesquisas, apenas de tendências. Neste momento, no Distrito Federal, o candidato Rodrigo Rollemberg (PSB) está em baixa e o candidato Jofran Frejat (PR) está em alta.

Aconteceu isso com Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno.

Se a eleição presidencial ocorresse uma semana antes do 5 de outubro, a escolhida pelo público seria Marina. Mas, na reta final, Aécio cresceu e Marina caiu, sendo ultrapassada nas urnas.

Faltam cinco dias para a eleição de governador. Logo depois do primeiro turno, Rollemberg tinha 20 pontos percentuais na frente de Frejat, nas principais pesquisas. Essa margem vem caindo.

Nas próximas horas teremos resultados de pesquisas (Ibope, Datafolha), para confirmar essa tendência de aproximação dos resultados de Frejat e Rollemberg.

E por que está acontecendo isso?

Creio que Rollemberg começou a perder posições quando achou que já estava eleito. Deu declarações inacreditavelmente infelizes, que critiquei com firmeza.

Logo depois do primeiro turno, de forma descortês, ele disse que não receberia candidatos nem partidos. Na prática, pensava ser um super-Reguffe – mas em eleição de governador as coisas são diferentes.

Nesse estilo imperial, Rollemberg perdeu gente do porte de Alírio Neto, que não se elegeu deputado federal pelo PEN, mas teve quase 80 mil votos. É um político de enorme domínio no Guará, influente na Polícia Civil, lidera políticos de nível regional e, mais do que tudo, é um indivíduo acima de qualquer suspeita.

Alírio valoriza a campanha de qualquer candidato a governador. Sem opção de chegar perto de Rollemberg, desembarcou na campanha de Jofran Frejat, levando consigo gente como Lucas Kontoyanis, grande mobilizador de campanhas no DF e presidente de um partido com deputado na Câmara Legislativa, o PSH. Lucas seria muito útil à campanha de Rollemberg…

O segundo impacto na campanha de governador é a proposta do Frejat de oferecer à população passagem de ônibus a R$ 1,00, a partir de 1º de janeiro.

Pode parecer maluquice, mas Rollemberg está sozinho na condenação a essa iniciativa de grande impacto no eleitorado (com exceção do BLOG DO RIELLA).

Cadê o Reguffe? Cadê os parceiros que todo candidato a governador precisa ter?

No momento, o grande trunfo de Rollemberg para ser eleito é o staff do Frejat, formado por Valdemar Costa Neto (preso), Luiz Estevão (preso), Gim Argello, Joaquim Roriz, Arruda (nem precisa definir), Flávia Arruda e outros nomes cercados de ruído.

Será que a passagem de R$ 1,00 tem maior apelo do que evitar que o DF caia nas mãos de um grupo cercado de confusões?

Só teremos resposta a esta pergunta no dia 26 de outubro.

A eleição em Brasília ficou indefinida (a não ser se, nas próximas pesquisas, surgir uma margem folgada para Rollemberg). Vamos aguardar. O eleitor é soberano até nos erros.

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