Na passagem do ano, sem nenhum clima de festa, o Governo do DF teve a péssima idéia de anunciar aumento das passagens dos transportes coletivos, valendo já na segunda-feira, dia 2 de janeiro de 2017.
As passagens de ônibus e do metrô em Brasília vão aumentar. Sobem de R$ 2,25 para R$ 2,50 as linhas circulares internas; de R$ 3 para R$ 3,50 as de ligação curta; e de R$ 4 para R$ 5 as viagens de longa distância e integração, e as de metrô.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade, o reajuste é necessário para acompanhar a elevação de custos do sistema, manter as gratuidades para estudantes e pessoas com deficiência e compensar os quase dez anos de congelamento das tarifas, enquanto outros índices cresciam.
Esta é a justificativa oficial, que prossegue: “Em 2006, o salário mínimo era de R$ 350 contra R$ 937 (a partir de 1º de janeiro) — variação de 168%. Os vencimentos de motoristas e cobradores subiram 165%: de R$ 880 para R$ 2.333,45 e de R$ 460,40 para R$ 1.219,84, respectivamente. A inflação aumentou 90,91%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o litro do óleo diesel foi reajustado em 77% — passou de R$ 1,70 para R$ 3”.
Os aumentos nas passagens nesse período, já incluídos os anunciados nesta sexta-feira (30), são inferiores a todas essas porcentagens de aumento, segundo o GDF.
As linhas circulares internas foram reajustadas em 66,67%, assim como as de viagens de longa distância, do metrô e da integração. Em cifras, isso significa passar de R$ 1,50 para R$ 2,50 para as circulares internas e de R$ 3 para R$ 5,00 para longa distância, metrô e integração. Nas de ligação curta, o reajuste foi de 40%: de R$ 2,50 para R$ 3,50.
O secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, enfatiza os aspectos social e financeiro da medida. “O reajuste vem para garantir o nível de gratuidade no sistema, não interferir na parte social, e ajudar no reequilíbrio das contas do governo, pois o subsídio é muito além do que temos disponibilidade de pagar”, explica.