RENATO RIELLA
Os principais analistas econômicos do país já admitem que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, em 2012, possa crescer apenas 1,03%. Na semana passada, eles ainda acreditavam em crescimento de 1,27%, mas a tendência é decrescente. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo, trabalha com a hipótese de crescimento abaixo de 1%, o que seria psicologicamente trágico para o governo da presidente Dilma Rousseff (politicamente trágico, também).
A projeção para o crescimento da economia brasileira este ano foi reduzida pela quarta semana seguida pelas instituições do mercado financeiro, de acordo com a pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC). Para 2013, também houve redução da perspectiva, de 3,7% para 3,5%.
Para a produção industrial, a projeção de retração neste ano passou de 2,38% para 2,27%. Em 2013, a expectativa é que haverá recuperação, com crescimento de 3,75%. Apesar da expectativa de expansão, as projeções estão em queda há duas semanas. A estimativa anterior era de 3,82%.
A projeção para a cotação do dólar foi ajustada de R$ 2,07 para R$ 2,08, este ano, e de R$ 2,06 para R$ 2,08, em 2013. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi mantida em US$ 20 bilhões, este ano, e passou de US$ 15,52 bilhões para US$ 15,6 bilhões em 2013.
A estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 35,15% para 35,1%, este ano, e continua em 34%, em 2013.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a projeção permanece em US$ 54 bilhões, este ano, e em US$ 65 bilhões, em 2013.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões, em 2012, e passou de US$ 59,5 bilhões para US$ 60 bilhões em 2013.