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jan 29 2025

Exposição “Os Olhos do Xingu” no Museu Nacional da República vai até domingo

Os olhos do Xingu': indígenas em mostra fotográfica na Noruega

A exposição “Os Olhos do Xingu”, no Museu Nacional da República, em Brasília, segue até domingo. Ela destaca a luta dos povos indígenas e ribeirinhos da Bacia do Rio Xingu. Por meio de fotografias e vídeos, a mostra oferece um olhar sensível sobre a cultura, os desafios e as ameaças enfrentadas no Corredor Xingu de Diversidade Socioambiental.

Os comunicadores que participam da exposição fazem parte da Rede Xingu+ e conectam, por meio da produção de fotografias e vídeos, o vasto território que se estende por 26,7 milhões de hectares entre os biomas Amazônia e Cerrado, abrangendo áreas protegidas nos estados do Pará e Mato Grosso.

Com curadoria de Kujaesãge Kaiabi e dos comunicadores indígenas, a exposição é uma realização da Rede Xingu+, da União Europeia e do Instituto Socioambiental (ISA); e conta com apoio da Fundação Rainforest da Noruega.

A exposição convida o público a mergulhar no olhar dos comunicadores xinguanos sobre os modos de vida e as ameaças enfrentadas pelos povos do Corredor de Áreas Protegidas do Xingu diante da crise climática. Além das fotografias, a exposição se expande com a exibição de 20 vídeos, em que indígenas e ribeirinhos compartilham as histórias por trás das fotografias.

Cada vídeo traz relatos dos comunicadores que oferecem uma perspectiva direta sobre o cotidiano, os rituais, os desafios e as belezas da bacia do Xingu. Essa combinação de fotografia e narrativa audiovisual cria uma ponte entre o espectador e a realidade vivida pelos comunicadores, estimulando uma reflexão mais profunda sobre a importância do respeito aos direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais.

As 20 imagens e os vídeos direcionam o olhar da sociedade envolvente para além da fronteira do imaginário popular, destacando a relação intrínseca entre o bem viver e a proteção dos territórios. As imagens produzidas pelos comunicadores ainda propõem uma reflexão sobre como os diferentes modos de produção de registros visuais incentivam as novas gerações de comunicadores a fazer fotografia a partir do pensamento dos povos do Xingu.

A seleção de fotos apresentadas na mostra inclui registros de mobilizações em Brasília, como a 3ª Marcha Mulheres Indígenas, realizada em setembro de 2023, além de retratos feitos em reuniões e em danças e festividades realizadas nos territórios.

A imagem tem um poder muito significativo para o povo Kaiabi. “Quando tiramos uma foto ou fazemos um vídeo, é esse registro que servirá como dicionário ou lembrança da família que se foi”, disse a comunicadora, que também pesquisa imagens do seu povo em arquivos históricos de conteúdos produzidos também por cineastas não-indígenas.

Fonte: ISA -Sila Moan

Foto:Divulgação

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