«

»

dez 30 2017

Febre amarela no DF carece de maiores informações

Desde o início do mês já havia confirmação da morte do paciente que contraiu febre amarela em Brasília, mas só ontem a Secretaria de Saúde reconheceu isso, passando orientação insuficiente à população.

No dia 9 deste mês, publiquei no BLOG que fora confirmado pelo Instituto Evandro Chagas, através de exames de Biologia Molecular realizados em fragmentos de fígado e baço, que a febre amarela matou o psicólogo de 43 anos, em novembro, no DF.

O paciente falecido alegou que não saiu do DF e frequentou o Jardim Botânico do DF, onde poderia ter sido picado pelo mosquito, pegando provavelmente a febre silvestre.

Fica a pergunta: quem mora na região do Jardim Botânico precisa tomar cuidados especiais? Foram feitos testes em macacos da região?

O paciente ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul. Ele teria circulado em condomínios e na área rural do Jardim Botânico, onde compraria uma casa. Nessa situação, teria sido picado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o governo brasileiro distinguem dois “tipos” de febre amarela: a urbana e a silvestre. As duas são causadas pelo mesmo vírus e têm os mesmos sintomas. A diferença, como apontam os nomes, está no local de contágio.

No caso da febre amarela silvestre, a transmissão é feita por mosquitos que vivem na beira de rios e córregos. Eles picam macacos infectados com a doença e “carregam” o vírus até humanos saudáveis.

Os sintomas são, febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação. O remédio é gratuito e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano.

A Secretaria de Saúde diz que o diagnóstico foi confirmado laboratorialmente em 21 de dezembro, mas desde o dia 8 o BLOG já tinha esta confirmação.

A Secretaria de Saúde diz que tomou todas as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, como ações de controle vetorial, aplicação de inseticidas, tratamento de focos com larvicida, investigação de campo para identificar e eliminar criadouros de mosquitos, e análise nos cenários de circulação da vítima.

Além disso, com o objetivo de amenizar o risco de propagação da doença no DF, a secretaria implementou ações como análise da situação dos residentes das áreas suspeitas e o chamado bloqueio vacinal, com 166 novas doses aplicadas no fim de semana subsequente ao óbito.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*