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jan 29 2025

Fiéis morrem pisoteados em festival religioso na Índia

Um tumulto durante um festival religioso na Índia deixou, pelo menos, 15 mortos hoje (29). As pessoas morreram pisoteadas em meio a uma correria, e o número de vítimas pode aumentar.

“Temos, por ora, pelo menos 15 mortos”, declarou à agência de notícias AFP, sob condição de anonimato, um médico do hospital Swaroop Rani Nehru de Prayagraj, para onde foram enviadas as vítimas.

Dezenas de milhões de pessoas estavam no local no momento do incidente, segundo autoridades indianas. A peregrinação hindu Kumbh Mela na cidade de Prayagraj, cidade do norte da Índia deve atrair um total de 400 milhões de fiéis durante as seis semanas de comemorações. 

O médico também informou à AFP que há muitos feridos, alguns em estado grave, que foram internados.

Até o momento, o número de mortes do incidente é incerto e tem números desencontrados entre as principais agências de notícias. Enquanto a AFP fala em 15 mortos, autoridades afirmaram à Associated Press que há 17 vítimas fatais e 30 feridos. Já fontes da polícia da Índia afirmaram à Reuters que cerca de 40 corpos foram levados a um necrotério perto do local do tumulto.

Nem as autoridades locais nem as forças de segurança indianas emitiram um balanço oficial do incidente até a última atualização desta reportagem.

Um fotógrafo da AFP presente no local viu muitas vítimas sendo removidas pelas equipes de emergência e outras cobertas por mantas, em alguns casos inertes. Um funcionário de um hospital da região, para onde algumas das vítimas foram levadas, disse à Reuters que alguns dos mortos sofreram ataques cardíacos durante a correria ou tinham comorbidades como diabetes.

Segundo relatos ouvidos pela AFP, o incidente ocorreu pouco depois das 2h locais (17h30 de terça-feira em Brasília), quando os fiéis se dirigiam para as margens dos rios para o primeiro banho matinal.

“Os caminhos estavam bloqueados. De repente, as pessoas começaram a empurrar e muitas foram esmagadas”, relatou Malti Pandey, um hinduísta de 42 anos, à AFP.

Yogi Adityanath, ministro-chefe do estado de Uttar Pradesh, onde fica Prayagraj, afirmou que o tumulto começou quando alguns devotos tentaram pular as barricadas instaladas para controlar a multidão.

“As pessoas começaram a pressionar e muita gente caiu. Minha nora foi pisoteada. Ajudamos ela, assim como à sua filha de 15 anos. A filha sobreviveu, mas minha nora está morta”, afirmou à AFP Pancham Lodhi, que veio do estado de Madhya Pradesh, no centro de Índia, para participar do festival.

“Houve um tumulto, todos começaram a empurrar, puxar, subir uns sobre os outros. Minha mãe caiu, depois minha cunhada. As pessoas passaram por cima delas“, disse Jagwanti Devi, de 40 anos, à Reuters enquanto estava sentada em uma ambulância com os corpos de seus familiares.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, expressou condolências aos “devotos que perderam seus entes queridos” e afirmou que as autoridades locais estavam ajudando as vítimas “de todas as formas possíveis”, sem especificar o número de mortos. Partidos de oposição ao governo da Índia disseram que o incidente ocorreu por conta de uma “má gestão” do evento.

Organizado a cada 12 anos, o festival de Kumbh Mela reúne milhões de peregrinos para se banhar na confluência dos rios sagrados Ganges e Jamuna.

Segundo a tradição hinduísta, este banho permite limpar os pecados e libertar-se do ciclo de renascimentos e reencarnações.

As autoridades anunciaram que esperavam mais de 400 milhões de participantes na edição deste ano, que se celebra de 13 de janeiro a 26 de fevereiro. Se esse número se confirmar, seria a maior congregação humana da história.

Fonte: g1

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