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jun 18 2013

FIFA, GO HOME! – É O GRITO DOS BRASILEIROS

 RENATO RIELLA

Em muitas cidades brasileiras, pessoas responsáveis estão acordando hoje com um pensamento: é preciso fazer alguma coisa.

Para alguns, essa alguma coisa é a participação nos próximos movimentos de rua – a cada momento maiores e mais violentos.

Para outras, é buscar alguma forma negociada de sair da crise que ocupa as avenidas.

Mas como? A quem pedir interferência? Não dá para chamar a ONU ainda.

Uma solução seria delegar ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, a missão impossível de tentar uma comunicação com os grupos de protesto. Sinceramente, parece mais fácil captar sinais de extraterrestres, a milhões de anos-luz.

Além do mais, Joaquim Barbosa surge como manifestante-mor nas redes sociais, protestando de forma chocante. Ela reclama que só no Brasil os juízes são julgados no Legislativo pelos próprios condenados. Ferrou geral! – como diz a gíria das ruas.

Então, quem pode tentar salvar o Brasil?

Pelé é unanimidade, mas está comprometido com os negócios da Copa. Virou suspeito.

Neymar foi vendido (vendeu-se) para o Barcelona.

Quem é mesmo o presidente da OAB? Ou o presidente da CNBB?

Há algum senador ou deputado em que possamos confiar ou que mereça ser ouvido?

O Brasil virou um imenso vazio ocupado por anônimos.

Aparecerá uma solução, mas não se sabe qual.

Pensando bem, cabe à presidente Dilma abrir o diálogo, liderar o debate, reconhecendo cada reivindicação das ruas.

Mas ela ainda não se recuperou da vaia e falou pela porta-voz, dizendo palavras vagas. Falou nada de nada.

Portanto, é aguardar e rezar.

A grande meta das massas, como resultado glorioso, não é suspender o aumento dos ônibus. É suspender a Copa das Confederações.

Como se dizia na ditadura: Fifa, go home!

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