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set 18 2014

FIQUE ATENTO: JOVENS OCIDENTAIS ESTÃO SE ALISTANDO NO “ESTADO ISLÂMICO”

RENATO RIELLA

O jornal português Expresso relata um drama que está atingindo diversas famílias na Europa e nos Estados Unidos, principalmente. É que jovens ocidentais estão abandonando seus mundos para se integrarem à aventura muçulmana chamada de “Estado Islâmico – EI”.

É o caso da garota portuguesa Ângela, de 19 anos, que fugiu da família para se casar com um guerrilheiro do EI, também ele português. Ela morava na Holanda. “Nunca regressarei”, avisa aos familiares.

O jornal holandês “De Telegraaf” conseguiu falar com a portuguesa por telefone.  “Nunca fui tão feliz”, garante Ângela – ou Umm, como é conhecida na Síria.

ENTREVISTADA POR UM JORNAL HOLANDÊS

A jovem portuguesa que, em agosto, fugiu para a Síria para se juntar à Jihad, contatou esta semana, por telefone, o jornal holandês “De Telegraaf”. O que pretendia era explicar porque trocou a Holanda, o país onde vivia com a mãe e a meia-irmã, pela Jihad, na Síria.

A jovem lamenta o fato de ter fugido sem se despedir – por ter medo de ser detida pela polícia -, mas continua certa da escolha que fez. “Estou aqui pela minha fé”, conta, acrescentando: “Aqui não sou alvo de olhares estranhos por causa da minha burca”.

Ângela garante que não odeia o local onde vivia, em Soesterbeg, nos arredores de Utrech, mas considera que os valores do islamismo se enquadram melhor nos seus. “Aqui não sou criticada por estrangeiros ou insultada. É fácil viver de acordo com o Corão e o Sunnah [depois do Alcorão, é a fonte da lei islâmica].”

Filha de um casal alentejano que emigrou para a Holanda, Ângela fugiu há poucas semanas para Menbij, no nordeste da Síria e junto à fronteira turca, para se juntar ao noivo, Fábio (ou Abdu), de 22 anos, português que combate no exército dos jihadistas.

À família, diz que Fábio não se alistou no exército jihadista. Contudo, Fábio foi identificado pelos serviços de informação portugueses como pertencendo a uma brigada do autoproclamado Estado Islâmico, que integra apenas combatentes ocidentais.

Os jihadistas têm sido responsáveis por perseguições a minorias étnicas e assassinatos brutais.

Ângela sustenta que viver na Síria é mais seguro do que a generalidade das pessoas pensam. Garante que vive um dia-a-dia normal, prosseguindo com as aulas de Islão no país (de acordo com informações da família), estando integrada num grupo de holandeses e belgas em Menbij.

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