A troca das empresas de ônibus do DF provavelmente será o principal saldo do governo Agnelo Queiroz. A saída da Viplan desse sistema foi simbólica, pois essa empresa atuou durante mais de 40 anos de forma polêmica e vinha sendo abalada por crises no grupo de origem.
A renovação da frota chegou a 80%. Na semana passada, o GDF entregou mais 163 veículos novos em Samambaia Norte, somando 2.086 unidades, de um total de 2.580. As entregas continuarão até o início do próximo mês.
Já foram beneficiadas com os novos veículos as cidades de Brazlândia, Candangolândia, Estrutural, Cruzeiro, Fercal, Guará, Itapoã, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Riacho fundo I e II, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho I e II e Varjão.
Agnelo disse que agora poderá haver a integração de todo o sistema, com o usuário pagando uma única passagem para se locomover com ônibus e metrô, fiscalização adequada dos horários, ajuste de linhas onde há carência e ônibus noturno, entre outras vantagens.
Os novos ônibus emitem 180 vezes menos partículas poluentes que os atuais, são monitorados por GPS, têm monitores de TV, ar-condicionado e câmbio automático, piso equipado com elevador ou plataforma de embarque e desembarque para pessoas com deficiência e superfície antiderrapante.
As portas são mais largas e os bancos, estofados. O motorista recebe aviso sonoro quando a porta está aberta e quando a velocidade está acima do permitido. As câmeras instaladas no ônibus transmitem imagens direto para uma central de acompanhamento.
Tudo isso está sendo experimentado pela população. A maior esperança dos usuários é que os novos ônibus não quebrem. O DF tinha carros com mais de 20 anos de uso e constantes panes.
Ainda há reclamações sobre cumprimento de horários e sobre a falta de educação do público. É comum haver gente que, desconhecendo a existência de ar condicionado, abre as janelas dos novos ônibus.
São processos de adaptação que poderão evoluir se houver conscientização do público.