RENATO RIELLA
A Seleção Brasileira de Futebol, mesmo tendo vencido a Copa das Confederações, é apenas a sexta no Ranking da Fifa. A verdade é que o futebol brasileiro provavelmente vai vencer a Copa do Mundo em julho, mas está em decadência.
Vê-se isso no Rio, onde Flamengo e Vasco fizeram uma partida medíocre na decisão do Campeonato Carioca. E, em São Paulo, o Ituano é o campeão. Não precisa nem comentar.
Teremos uma Seleção quase toda formada por jogadores que vivem no exterior. Garotos de potencial razoável saem cedo do Brasil para jogar em times do Primeiro Mundo. E assim vamos.
Neymar foi a última revelação do futebol brasileiro. Não há, na novíssima geração, ninguém que se aproxime desse patamar de qualidade.
Sendo assim, fica cansativo ver a discussão sobre o gol de impedimento no Vasco x Flamengo. O destaque do jogo foi a baixíssima qualidade dos times em campo.
A renovação deixa de fora também os técnicos. O velho Felipão é a novidade. Salários fora da realidade levam os times a situações constrangedoras na administração das suas finanças.
Passada a Copa e as eleições, o governo eleito vai ter de cobrar dívidas bilionárias dos clubes. Se as grandes marcas do futebol podem pagar salários milionários a técnicos decadentes e a jogadores veteranos, que paguem também os impostos atrasados.
O futebol brasileiro será tema de muito debate em 2015. Por enquanto, todos estamos engolindo sapos à espera da Copa do Mundo. Mas depois é preciso revisar tudo, inclusive a Confederação Brasileira de Futebol, a famigerada CBF.
