RENATO RIELLA
O governo do DF quer transferir, já no próximo ano, parte dos seus servidores para o novo Centro Administrativo, que está sendo construído numa área enorme, entre Ceilândia e Taguatinga.
O núcleo que vai abrigar o GDF está com 55% das obras concluídas, com previsão de entrega da primeira etapa em janeiro de 2014 e da segunda em meados do mesmo ano.
Para a construção do complexo, que abrigará 15 mil servidores, foram investidos R$ 600 milhões, por meio de parceria público-privada.
O novo Centro Administrativo será composto por 16 torres: quatro prédios de 15 pavimentos, 10 edificações de quatro andares, um prédio para a Governadoria e um shopping com centro de convivência.
A estrutura contará com estacionamento, bicicletário, e linhas de ônibus e metrô a menos de 100 metros do local.
Desde a década de 90, em governos anteriores, se discute essa mudança. O então governador José Roberto Arruda, famigerado e atrapalhado, transferiu o GDF para uma estrutura da PM, em Taguatinga, apelidada de Buritinga.
A experiência de Arruda foi assustadora, eliminando a transparência do governo, que ficou escondido num gueto de secretários, culminando com prisões de uns e outros e processos criminais contra muitos outros.
O novo Centro Administrativo, construído sob planejamento rigoroso, tende a inverter o fluxo de viagens nas horas de pico, tirando cerca de 15 mil servidores do Plano Piloto. Pode ser que dê certo, mas é um projeto ainda pouco conhecido e nada discutido com a sociedade.