A Secretaria da Fazenda informou hoje que há um déficit de R$ 3,5 bilhões entre o Orçamento aprovado para 2015 e a despesa prevista com pessoal até o fim do ano.
O gasto anual com pessoal chegará a R$ 19,8 bilhões — sem contar os servidores da segurança pública, pagos diretamente pela União.
Na prática, isso significa que o orçamento aprovado pela Câmara Legislativa para pagamento de pessoal em 2015, de R$ 16,3 bilhões, é insuficiente.
A Fazenda informou ainda que há uma dívida de R$ 3 bilhões de débitos atrasados referentes a benefícios como décimo terceiro salário, férias e horas extras, especialmente das áreas de saúde e educação.
“Ficou comprovado que muitas despesas executadas deveriam ter sido registradas contabilmente e não foram”, alertou o titular da pasta, Leonardo Colombini.
Segundo a Fazenda, o fechamento contábil mostrou ainda um déficit de R$ 15,2 milhões nos cofres públicos em 31 de dezembro de 2014.
Esse número foi calculado a partir da disponibilidade de caixa bruta, que chegou a ser de R$ 917,8 milhões. Porém, foram deduzidos restos a pagar — despesas contratadas e não quitadas — e outras obrigações financeiras, que somaram R$ 933 milhões. O resultado foi o saldo negativo.
Durante entrevista coletiva, hoje, o governo divulgou um quantitativo dos cargos em comissão. Em dezembro passado, havia 7.887 servidores sem vínculo com a administração pública. Em 27 de janeiro, eram 1.428. A economia de um mês para o outro nesse quesito foi de R$ 19,8 milhões até agora.
Também houve redução de R$ 1,7 milhão nos gastos com cargos em comissão de servidores efetivos.
A diminuição desses cargos é apenas uma das medidas tomadas para reverter o quadro financeiro negativo do DF. “Precisamos incrementar a receita e trabalhar na contenção de despesas. As ações anunciadas até agora vão ser discutidas com a Câmara Legislativa e com a sociedade”, afirmou Colombini, referindo-se ao Pacto por Brasília, conjunto de medidas anunciado na terça-feira (27).
