É uma vergonha, mas o Distrito Federal não cumpre, há anos, a lei federal que proíbe depósitos de lixo como o existente na Estrutural.
Agora, o governador Rodrigo Rollemberg anuncia que o Aterro Sanitário de Brasília, situado entre Samambaia e Ceilândia, iniciará a operação em janeiro de 2017.
Localizado na DF-180, o espaço terá 760 mil metros quadrados — 320 mil destinados a receber rejeitos (materiais não reutilizáveis) – e vai permitir que a cidade, finalmente, faça o tratamento correto do lixo, com respeito ao meio ambiente e à segurança para a sociedade. Isto é: provavelmente vai cumprir a lei federal.
Na verdade, entre outros impedimentos, este aterro sofreu forte rejeição da comunidade de Samambaia, que certamente continuará revoltada com a decisão do GDF.
A finalização da primeira etapa do aterro – que se arrastava desde gestões anteriores – é a principal ação do plano de modernização do tratamento do lixo no Distrito Federal, mas não a única.
No próximo ano, o GDF vai dar andamento à construção e reforma de centros de triagem e de pontos de entrega voluntária, além de seguir com a reorganização da coleta seletiva.
No Aterro Sanitário de Brasília, inicialmente serão depositadas cerca de 900 toneladas de rejeitos por dia.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, estabeleceu, entre outras exigências, a disposição de apenas rejeitos nos aterros sanitários — técnica que minimiza impactos ambientais.
O funcionamento da nova instalação é uma das medidas necessárias para encerrar as atividades no aterro controlado do Jóquei, na Estrutural.
No processo de desativação, o SLU trabalha com melhorias para o espaço, o que permitiu a mudança de status de lixão para aterro controlado, como a manutenção de cerca no local e de apenas duas entradas para veículos e uma para pedestres.