O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a atendeu a um pedido do partido Rede e suspendeu a medida provisória que dispensava a publicação de editais em jornais de grande circulação.
O Presidente Bolsonaro, na sua guerra com a grande imprensa escrita, adotou esta medida, dando prejuízo de bilhões às grandes empresas de comunicação.
As empresas que têm ações na Bolsa de Valores, privadas e estatais, são obrigadas a publicar balanços, balancetes e editais na imprensa escrita, que há décadas depende dessa receita para sobreviver.
O grande faturamento se dá em maio, quando os balanços anuais entram nos jornais em forma de anúncios caríssimos.
A MP de Bolsonaro foi comemorada pelas grandes empresas, que passaram a publicar seus documentos nos próprios sites ou no Diário Oficial da União.
A Medida Provisória será apreciada ainda este ano pelo Congresso Nacional, sob intensa pressão dos jornais nos deputados e senadores.
Mas Gilmar Mendes, precisando muito de fazer média com a imprensa, já se antecipou. A liminar do STF cai quando o Congresso votar a favor ou contra a MP do Bolsonaro.
(RENATO RIELLA)