RENATO RIELLA
A precipitação e a ansiedade dos políticos locais bagunçam o quadro político a todo momento.
Há poucos minutos, ficou confirmado que o senador Gim Argello não resistiu às pressões e desistiu de ser ministro do Tribunal de Contas da União. Será que ele acredita que foi abandonado pela presidente Dilma Rousseff nesta tentativa inglória?
Não deu ainda para ninguém avaliar a situação do Gim, mas fica a pergunta: será que ele tentará retomar a candidatura de senador pelo PTB? Se isso acontecer, ele se aliará a qual candidatura de governador? De qualquer modo, vale reprisar, tecnicamente Gim Argello é ficha limpa.
A volta de Gim à política local se dá na mesma hora em que o PSDB oficializa o nome de Luiz Pitiman como candidato a governador.
Enquanto isso, o governador Agnelo Queiroz (PT) e seu vice Tadeu Filippelli (PMDB) acham que o festival de inaugurações pode melhorar o ibope do governo em poucos meses. Será que a estrutura de Comunicação do governo tem esta certeza?
E, na fazenda do ex-governador Joaquim Roriz, parece que D. Weslian está tentando retomar o bom senso familiar, de modo a encaminhar a filha Liliane Roriz para uma candidatura viável (senadora ou deputada).
Se Liliane entrar numa canoa furada e ficar sem mandato em 2015, quase certamente a família Roriz será apagada do mapa político do DF. Pensem nisso!
E o principal parceiro dos Roriz, ex-senador Luiz Estevão, vê o cerco da Justiça se apertando, com graves preocupações para o mês de maio.
As confusões são muitas, em Brasília, na tentativa de se obter definições rápidas. Ninguém se iluda: depois de 15 de maio, o único tema no Brasil será a Copa do Mundo, com suas expectativas e seus problemas.
Assim, quem não se resolver logo, ficará adiado para julho. Antes disso, porém, a Justiça poderá cortar as belas asas de um ou outro político folgado.
Enquanto isso, os políticos que fazem o chamado marketing ético não veem certeza em nada. Reguffe e Cristovam Buarque, do PDT, gostariam de apoiar o candidato a governador Rodrigo Rollemberg (PSB), mas não têm respaldo partidário para isso. O que farão da vida?
Paradoxalmente, na semana em que vê seu nome envolvido num processo superior a R$ 700 milhões desviados do Governo do DF, o ex-senador Paulo Octávio lança um prêmio anual para homenagear os destaques da imprensa.
Imunes a esse noticiário típico de página policial, 49 respeitáveis jornalistas estiveram presentes, referendando e enaltecendo o empresário atingido pela Caixa de Pandora.
Brasília é uma provocação!
Como diz aquele outro, atacando violentamente a Justiça: “Querem me vencer no tapetão”. Ah! Bom!