RENATO RIELLA
A mulher na minha frente falou forte: “Isso é um terrorismo”. Tanto ela, como eu, e muitos outros fomos humilhados pela Sky apenas porque desistimos de ter o serviço dessa empresa.
Levei muitos dias para cancelar o contrato. E a Sky nunca mandou buscar os seus equipamentos na minha casa.
Há dois dias, recebi uma notificação extrajudicial me obrigando a levar os restos da Sky no Riacho Fundo I, num endereço complicado da chamada Placa da Mercedes.
É uma loja decadente chamada de Eletrosat, que funciona num casebre caindo aos pedaços, com um balcão onde a gente devolve as quinquilharias da Sky.
Foi lá, na fila, que uma mulher mais velha, de cabelo vermelho, moradora do Lago Sul, falou do terrorismo da empresa.
A Sky pune quem suspende o contrato. Obriga a pessoa a ir ao Riacho Fundo à procura de um endereço difícil e desconfortável.
Toda vez que Gisele Bundchen aparecer na TV fazendo propaganda da Sky vou rogar uma praga pra ela, tipo assim: que suas unhas comecem a quebrar, de modo a não poder nem passar esmalte – por exemplo.