—RENATO RIELLA—
Presidente Bolsonaro está muito preocupado. Ele anunciou que o Governo estuda medidas, nos Ministérios da Economia e da Agricultura, para dar resposta à explosão de preços dos produtos da cesta básica.
Bolsonaro descartou qualquer tipo de tabelamento e disse:
–“Estou pedindo a eles (donos de supermercados) que o lucro desses produtos essenciais no supermercado seja próximo de zero”, disse Bolsonaro em evento no Planalto, quando discutiu outras providências para conter os preços.
O Presidente citou altas principalmente nos preços do arroz e do óleo de soja. Disse esperar normalização a partir da colheita da próxima safra, em janeiro e dezembro.
CARNE – Um dos produtos com preços elevados é a carne.
As exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 12% no acumulado do ano até agosto, passando para cerca de 1,3 milhão de toneladas, com impulso de importações pela China, que elevou em 65,8% as compras no mesmo período.
A informação é da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
O Brasil registrou, em agosto, novo recorde de exportações do produto para o mês, com o total de 191.141 toneladas de carne (in natura e processada). A China comprou 108 mil toneladas.
A receita em agosto alcançou US$ 753,2 milhões.
IGREJAS – O Governo Federal Bolsonaro está enfrentando grande dilema. Presidente Bolsonaro tem até sexta-feira (11) para sancionar ou vetar projeto que impacta as contas públicas em mais de R$ 1 bilhão.
A proposta aprovada pelo Congresso Nacional anula dívidas tributárias de igrejas.
Esses débitos estão acumulados após fiscalizações e multas aplicadas pela Receita Federal.
O deputado David Soares, filho do pastor RR Soares, foi o autor da emenda que gerou este benefício às igrejas.
Parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), órgão ligado ao Ministério da Economia, recomenda o veto ao perdão das dívidas.
Segundo a emenda, as igrejas:
- ficariam isentas do pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
- seriam anistiadas das multas recebidas por não pagar a CSLL
- seriam anistiadas das autuações por não pagar a contribuição previdenciária
A PGFN afirma que a emenda é inconstitucional, por determinar renúncia de tributos sem apontar compensações na receita.
PREÇOS – O Índice Geral de Preços registrou inflação de 3,87% em agosto deste ano, segundo a Fundação Getúlio Vargas.
A taxa é superior à observada em julho (2,34%).
O indicador nacional acumula taxas de 11,13% no ano e de 15,23% em 12 meses.
A alta foi puxada pelos preços no atacado.
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede os preços no varejo, teve inflação de 0,53% em agosto, também acima da registrada em julho (0,49%).
PIB – Especialistas do mercado financeiro, ouvidos semanalmente pelo Banco Central, preveem queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 5,31% este ano.
Na semana passada, a projeção era de 5,28%.
Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%.
As instituições financeiras preveem inflação de 1,78%, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%.
COMBUSTÍVEIS – A Petrobras anunciou que reduzirá os preços médios do diesel e da gasolina em 5% nas refinarias a partir de hoje.
A decisão é motivada por uma queda acentuada nas cotações do petróleo no mercado internacional.
Na semana passada, a Petrobras já havia reduzido o valor do diesel, o combustível mais consumido do país, em 6%.
Na mesma oportunidade, a empresa havia cortado o valor da gasolina em 3%.
INDÚSTRIA – A atividade industrial continuou a trajetória de recuperação em julho.
Recuperou as perdas acumuladas em março e abril, retornando ao nível pré-pandemia, de acordo com pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O faturamento real, as horas trabalhadas na produção e Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentaram pelo terceiro mês consecutivo.
O faturamento aumentou 7,4% em julho, com alta de 34,5%.
ESCOLAS – Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil é um dos países onde as escolas ficaram fechadas por mais tempo na pandemia.
Segundo a OCDE, 52% dos países avaliados mantiveram as escolas fechadas por 12 a 16 semanas, enquanto outros 28% fecharam as escolas por 16 a 19 semanas.
O Brasil contabilizou 16 semanas com as instituições de ensino fechadas até 30 de junho.
Na verdade, permanecem fechadas até hoje. Ontem, houve movimentação parcial em municípios de São Paulo e Paraná, para reabertura de escolas, com baixo nível de frequência de alunos.
VACINA – A farmacêutica AstraZeneca, que está desenvolvendo a vacina de Owford, contra a covid-19, decidiu suspender os testes, porque um dos voluntários do Reino Unido desenvolveu doença séria por conta do imunizante.
A Fiocruz é a responsável, no Brasil, pela aplicação experimental desta vacina, onde os testes estão suspensos a partir de hoje.
BRASIL – Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou mais 504 mortes pela covid-19, elevando o total a 127.464, segundo dados do Ministério da Saúde.
O número de óbitos permanece reconhecidamente em queda desde a semana passada.
Os estados com mais mortes são: São Paulo (31.430), Rio de Janeiro (16.646), Ceará (8.567), Pernambuco (7.741) e Pará (6.269).
COVID – Governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, foi diagnosticado com covid-19. Hoje de manhã deve fazer exames em hospital.
É o 13º governador com teste positivo desde abril.
INDÚSTRIA – Em julho, a atividade industrial continuou em trajetória de recuperação no Brasil, passando a reverter parte da queda acumulada em março e abril, segundo dados dos Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Faturamento real, horas trabalhadas na produção e Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentaram pelo terceiro mês consecutivo.
Segundo o balanço, o faturamento real da indústria aumentou 7,4% em julho.
ECONOMIA – Bolsa de Valores fechou ontem a 100.050 pontos.
E dólar a R$ 5,36.