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set 16 2015

GOVERNO DO DF TEM UM BURACO QUE AUMENTA A TODO MOMENTO

O delicado momento da economia de Brasília levou o governador Rodrigo Rollemberg a propor uma união de esforços entre os diversos setores da sociedade. E ele chegou a visitar os deputados distritais, na Câmara Legislativa, para pedir apoio.

Ao anunciar uma série de medidas de arrecadação e de corte de despesas, na tarde desta terça-feira (15), no Palácio do Buriti, o governador falou:

“Faço um apelo aos deputados distritais, ao setor produtivo e à população para nos unirmos em torno de objetivos maiores, como resgatar o equilíbrio das contas públicas, retomar os investimentos e melhorar a qualidade dos serviços públicos”, afirmou.

As ações, se concretizadas, podem render economia de cerca de R$ 1 bilhão neste ano e R$ 1,6 bilhão de incremento na receita em 2016, segundo estimativa do GDF.

Rollemberg relembrou que as medidas de contenção de gastos adotadas desde o início do ano não foram suficientes para manter alguns compromissos, como os reajustes concedidos a 32 categorias de servidores, negociados em 2013, mas que começam a fazer pressão no orçamento na folha de pagamento de setembro deste ano.

“Se tivemos de suspender os reajustes, foi por absoluta necessidade, porque não há recursos.”

Ele ainda informou que um documento encaminhado à Câmara Legislativa, ao Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios e outras instituições detalha os motivos para a suspensão temporária dos aumentos.

Neste mês, para não atrasar o pagamento do funcionalismo, o governo teve de sustar alguns repasses, como explicou o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio.

“Para fazer o depósito dos salários, tivemos de suspender despesas com a mobilidade, com a limpeza pública, entre outras. Seria irresponsável da nossa parte absorver mais essa despesa e não termos como pagar”, disse Sampaio.

Além do impacto dos reajustes concedidos sem lastro financeiro, contribuiu para o cenário a frustração de receita da ordem de R$ 724 milhões, até agosto, em relação ao previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA).

 

Ou seja, arrecadou-se menos do que os prognósticos feitos no ano passado. “Fora isso, a despesa com pessoal cresceu muito mais do que a receita corrente líquida”, destacou a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos.

 

O secretário de Fazenda, Pedro Meneguetti, tranquilizou os fornecedores e prestadores de serviços que têm dívidas a receber do governo local. Segundo ele, um decreto a ser publicado nesta semana registrará na contabilidade do Executivo todas as despesas de exercícios anteriores.

“Significa dizer que o governo reconhece esses débitos e não vai dar o calote em ninguém. No mesmo decreto, publicaremos o cronograma de pagamento com os fornecedores.”

O governo de Rodrigo Rollemberg afirma agora que começou, em 1° de janeiro, com um rombo de R$ 6,5 bilhões. Na verdade, antes de assumir e nos primeiros meses, falava-se em rombo de R$ 2 bilhões.

São números bastante confusos, que mudam de valor a cada momento, mas o certo é que os pagamentos foram sempre caóticos

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