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abr 16 2014

Graça Foster tenta salvar a imagem da petrobras

A presidente da Petrobras, Graça Foster, foi para o sacrifício e explicou durante seis horas as questões ligadas à compra da refinaria de Pasadena (EUA), durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Em linguagem de comunicação, se diz que ela vazou o balão, que estava inflado, prestes a explodir. Depois que Graça Foster reconheceu que “não foi definitivamente um bom negócio”, não há mais o que se discutir.

Agora, cabe à Polícia Federal, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do DF e à Justiça atribuir responsabilidade a quem repassou para a Petrobras um investimento de US$ 2 bilhões, de baixíssimo resultado.

Essa apuração pode ser feita também por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado ou no próprio Congresso (reunindo deputados e senadores).

No entanto, como se sabe, essa questão da CPI foi parar no Supremo Tribunal Federal, onde só se saberá depois da Semana Santa se essa comissão de investigação pode apurar outros escândalos, além do de Pasadena – ou se ficará restrita a esse tema.

Vale lembrar que os políticos ligados ao Palácio do Planalto, liderados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiram incluir na pauta da CPI o escândalo também bilionário do Metrô de São Paulo, que compromete os governos tucanos de São Paulo.

Assim, enquanto não se tem CPI, fica valendo o depoimento de ontem de Graça Foster, que demonstrou grande firmeza nos seus argumentos, mostrando que o escândalo abrange a administração anterior da Petrobras. Ela diz que agora garante segurança na direção da empresa.

Graça Foster admitiu perda de US$ 530 milhões no “teste do impairment” – conceito contábil que define a redução do valor recuperável de ativos.

Questionada por 27 senadores, ela repetiu a versão da presidente Dilma Rousseff, de que a aquisição de 50% das ações de Pasadena fora autorizada pelo conselho de administração da estatal, em 3 de fevereiro de 2006, com base em resumo executivo elaborado pelo então diretor da Área Internacional, Nestor Cerveró.

O resumo, na versão de Graça Foster e de Dilma Rousseff, omitia cláusulas que geraram o enorme prejuízo. Resta saber se, em algum momento, alguém será mesmo responsabilizado por esse golpe aplicado na maior empresa do Brasil.

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