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jun 10 2015

HÉLIO DOYLE FOI PIOR DO QUE O TERREMOTO DO NEPAL

RENATO RIELLA

A presença de Hélio Doyle no governo do DF fez o governador Rodrigo Rollemberg perder quase seis meses de mandato.

Agora, quando o chefe da Casa Civil pede demissão, deixa uma estrutura arrasada em Brasília, como se fosse uma neo-Horishima.

Conheço o colega Hélio, jornalista, há 40 anos. Recomendo ele para coordenador de campanha de qualquer candidato, até mesmo futuros governadores.

Mas, definitivamente, Hélio Doyle não tem o mínimo de vocação para trabalhar em palácios.

Um coordenador de campanha eleitoral pensa e age de forma vertical. Esse tipo de executivo pode se trancar numa sala, elaborando propostas e promessas para o candidato, de modo autoritário.

Ao contrário disso, um executivo de governo precisa pensar de forma horizontal, ouvindo, mudando de opinião, recebendo impulsos e negociando.

O ato de negociar, em governo, só é ilegítimo se a pessoa quiser negociar para lucro próprio.

Negociar em nome do governo e da sociedade é uma missão sagrada, que pode resolver os problemas mais indigestos do Estado.

Questões como greve de ônibus, superbactérias, crise econômica, aumentos salariais, etc, devem ser abordadas com incansáveis negociações;

SAI ATIRANDO DE TODO GOVERNO

Hélio Doyle é um homem fechado dentro de si mesmo. E tem o péssimo hábito de sair dos cargos atirando. Foi assim no governo Cristovam. Foi assim no governo Roriz. Está sendo assim no governo Rollemberg.

Me preservei, antes de hoje, para não abordar as crises geradas por Hélio Doyle. Foi uma espécie de solidariedade de jornalista para jornalista.

Agora, quando ele deixa o cargo de chefe da Casa Civil do GDF, posso fazer essas abordagens.

A intenção desse meu posicionamento é tentar evitar que o estilo heliodoylista de desgovernar seja mantido pelo governador Rollemberg.

Vai demorar muito para se devolver a normalidade ao Distrito Federal.

Hélio Doyle foi pior do que o terremoto do Nepal.

Me perguntam por que ele decidiu ir embora.

O secretário superpoderoso resolveu ir embora porque perdeu a cidade. Todas as áreas de Brasília estavam contra ele, que não estabeleceu ponte com nenhum setor.

Não fará falta a ninguém, nem a nenhum grupo social do DF. Tchau!

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