
O volume de serviços no Brasil teve alta em abril pela primeira vez no ano com destaque para serviços de informação e comunicação, e iniciou o segundo trimestre com leve força em meio à perspectiva de fraqueza da economia do país neste ano.
Em abril, o volume do setor cresceu 0,3% na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados hoje (13) pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)..
Nos três primeiros meses do ano, o volume de serviços no Brasil acumulou perdas de 1,8%.
Em relação ao mesmo período de 2018, o volume apresentou recuo de 0,7%, na segunda taxa negativa seguida.
“Não dá para dizer que estamos num início de recuperação ou de uma nova tendência. A variação de 0,3% não elimina a perda dos demais meses”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
“O que puxou o resultado foi informação e comunicação, que é o que mais pesa, com 33%. Houve um aumento de TV aberta e de empresas de TI”, disse Lobo.
Outras duas atividades apresentaram ganhos no mês — serviços profissionais, administrativos e complementares, de 0,2%; e serviços prestados às famílias, de 0,1%.
De acordo com o IBGE, shows e espetáculos realizados em abril — com destaque para o Lollapalooza em São Paulo e o Cirque du Soleil, no Rio de Janeiro — ajudaram no resultado positivo do setor em abril. Hospedagem, alimentação e gestão de espaços para eventos ajudaram os serviços prestados às famílias a manterem a tendência positiva do mês anterior.
Por outro lado, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio contraíram 0,6%; enquanto outros serviços tiveram queda de 0,7%.
Em meio à inflação baixa, mas diante de um cenário de desemprego ainda elevado no país, o setor de serviços foi em abril na contramão das vendas varejistas, que tiveram o primeiro resultado negativo para o mês.
Já a produção industrial teve alta abaixo do esperado em abril, de 0,3%.
No primeiro trimestre, os serviços cresceram apenas 0,2% na comparação com os três meses anteriores, em uma economia que apresentou no período recuo de 0,2%, a primeira queda trimestral desde o fim de 2016.o
Com informações de Estadão Conteúdo