RENATO RIELLA
O Brasil permanece em 85º lugar na divulgação anual do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Na sua frente há países como Cuba, Grécia e Espanha, para citar alguns muito comentados nos últimos tempos.
Este índice não revela o estado de satisfação das populações, nem a estabilidade política das nações, nem o grau de democracia vigente.
Convenhamos que o maior patrimônio do Brasil atual é a democracia, que nos permite rediscutir as Forças Armadas, as igrejas, os governos e todas as condições da nossa vida. Tivemos 20 anos de suspensão dos direitos humanos, na ditadura, e sabemos quando foi importante reconquistar a liberdade.
O IDH de Cuba, melhor do que o do Brasil, não condiz com o grau de satisfação de uma e outra população.
E como dar IDH favorável à Espanha, onde o desemprego chega perto dos 30%, ou mesmo à Grécia, um país que quebrou e onde o futuro é pior do que o presente?
Tudo o que existe de ruim no Brasil é do nosso conhecimento e boa parte dos problemas vem sendo atacada, como a recuperação das favelas no Rio de Janeiro, por exemplo, fato que nos engrandece perante o mundo.
Temos este ano uma safra recordista de grãos e a Petrobras, que sofreu desgaste com administrações fracassadas, está hoje no rumo certo e vai se recuperar.
O IDH ruim do Brasil é impactado por dois setores estratégicos: a Saúde e a Educação. Aí, sim, a presidente Dilma está devendo resposta ao povo, mas há muitas qualidades que fazem o Brasil ser um país especial, bom de se viver, atraindo estrangeiros não somente para investir, mas também para morar.
É preciso polemizar o resultado desse índice de desenvolvimento, pois talvez seus critérios precisem ser ampliados para outras áreas de satisfação da sociedade. O Brasil não é tão ruim assim! Por exemplo – para concluir – quando se diz que o PIB cresceu apenas 0,9% em 2012, vê-se que o consumo está crescendo e até impacta para cima a inflação. Nunca vai se vender ovos de páscoa como neste ano de 2013. Como explicar isso?