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abr 09 2017

JÁ ANUNCIARAM QUE MORRI DUAS VEZES. MAS QUIS O DESTINO…

Nos últimos tempos, tenho meditado sobre destino.

Em 50 anos de vida útil, sofri dois graves acidentes, nos quais minha morte foi amplamente comunicada. Houve gente que chorou por mim. Mas escapei, ora, se escapei…

Lembro que, no segundo caso, foi um desastre de carro na Estrada Parque de Taguatinga, à noite, no qual o motorista e eu saímos inteiros, milagrosamente…stress de campanha eleitoral.

Socorrido prontamente, me colocaram num carro para levar ao hospital. De repente, abri a porta e perguntaram: “Onde vai? Tá maluco?”

Fui pegar meu óculos, que havia caído dentro do Gol todo amassado. Felizmente achei, pois tenho grau 4 – mas perdi o celular! Não podia nem ligar para casa!

No Hospital de Base, num rápido exame no corredor, sem raio X nem nada, o médico me liberou. Preveniu que poderia sofrer dores musculares no dia seguinte.

Depois da consulta, estava na porta do HBB, inteirão, quando Rafael Badra desceu apavorado de um carro:
–“Você está vivo? Você está vivo? Tem um monte de gente achando que você morreu!” — E me beliscou aqui e ali, pra ver se era verdade.

Foi quando eu disse a frase que até hoje ecoa nas minhas incertezas: “Não era o meu destino morrer, grande Rafa!”

Felizmente, há dois anos faço curso de Teologia na Comunhão Espírita. Sempre pensei que escapei das “mortes” porque tinha grande missão nesta vida.

Fui forçado a desenvolver humildade nos cursos da Comunhão. Aprendi que a missão não é salvar o mundo. A missão verdadeira nossa é a de nos salvar, aperfeiçoando este espírito torto que nos habita. Portanto, vamos lá…

UM CASO IMPRESSIONANTE DE DESTINO

Nas meditações, resgatei um caso inexplicável de “destino”.

O personagem principal é Jorge Luiz, jornalista, com menos de 40 anos, branco, meio gordinho, que trabalhou comigo na década de 80. A família dele pode estar ainda em Brasília.

Era um cidadão perfeito, acima do bem e do mal. Nunca mereceria nenhum castigo, nem qualquer tragédia.

Trabalhava três turnos, criava filhos, ótimo colega no turno da noite do Correio. Meio caladão! Bem pacato!

Precisou ir ao dentista de manhã. Sentado na cadeira, anestesiando a boca, ouviu do lado de fora gritos e tiros. Epa! Epa!

O dentista, que deve estar vivo, não seguiu as regras de segurança hoje conhecidas. Deveria ter feito barricada na entrada da sala e ligado para a polícia. Em vez disso, abriu a porta.

Como resposta, meteram bala nele. Esquivou-se e escapou do tiro, que acertou…quem, quem?

Atingiu logo Jorge Luiz, deitado na cadeira. O ainda jovem jornalista morreu sem entender nada.

Na verdade, o marido da secretária do dentista resolveu matá-la, com alguns tiros dados a queima-roupa. E baleou meu amigo, totalmente inocente de tudo.

Jorge foi a pessoa errada, no lugar errado, na hora errada. Não tinha nada a ver com o desencontro sangrento entre a secretária e o marido – que deve ter sido preso algum dia por dois assassinatos.

Mesmo com as aulas da Comunhão Espírita, minhas perguntas só aumentam.

Por que? Por que Jorge Luiz morreu e eu tive sorte de escapar duas vezes? (RENATO RIELLA)

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