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jan 02 2015

JANEIRO É MÊS DECISIVO PARA DILMA. UM MÊS DE PAULADAS!

RENATO RIELLA

A presidente Dilma Rousseff assumiu a Presidência no seu segundo mandato. Em janeiro, ela terá espaço livre para se reinstalar, dentro da visão de aperto financeiro que precisará adotar ao longo de 2015, para tirar o Brasil do buraco.

Em fevereiro, já terá problemas, com o retorno do Congresso Nacional depois do recesso, a eleição dos presidentes da Câmara Federal e do Senado, o risco de uma nova CPI da Petrobras e desfechos relativos às investigações dos desmandos praticados nessa empresa, inclusive com o comprometimento de políticos do primeiro escalão.

Em janeiro, impunemente, Dilma poderá aumentar a taxa de juros, deixar o dólar subir mais nas férias, apertar os viajantes ao exterior com tarifações, anunciar reajustes de tarifas (energia, gasolina, passagens urbanas, etc).

No seu discurso de posse, a presidente disse que a credibilidade e a estabilidade da economia são importantes e que é necessário um ajuste nas contas públicas para que o país volte a crescer.

“Os primeiros passos dessa caminhada passam por ajuste nas contas públicas e aumento da poupança interna. Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população. Vamos, mais uma vez, derrotar a falsa tese de que há conflito entre estabilidade econômica e investimento social”, declarou a presidente brasileira.

Dilma disse ainda que seu governo monitorará a inflação. “Em todos os anos do meu primeiro mandato, a inflação permaneceu abaixo do teto da meta e assim vai continuar”.

Segundo ela, as reservas internacionais e os investimentos diretos no país estão em patamares favoráveis, e, em seu segundo mandato, o ambiente para negócios e atividade produtiva se tornará ainda melhor.

A presidente anunciou que encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei criando um mecanismo de transição entre as categorias do Simples (regime de pagamento de impostos para pequenos empresários) e os demais regimes tributários.

“Vamos acabar com o abismo tributário que faz os pequenos negócios terem medo de crescer”, discursou.

Durante a cerimônia de posse, Dilma Rousseff disse que volta “cheia de alegria, responsabilidade e esperança”. Aplaudida pelos presentes, ela destacou que, em seu primeiro mandato, o país conquistou o que considerou um feito histórico: a superação da extrema pobreza.

“Temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome”, disse, ao ressaltar que 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza nos últimos anos, sendo 22 milhões nos primeiros quatro anos de seu governo.

Dilma lembrou ainda milhões de brasileiros ascenderam à classe média, alcançaram emprego com carteira assinada e tiveram acesso à educação superior e à casa própria.

Dito tudo isso, vale relembrar que o buraco é muito fundo e o aperto será intenso nos próximos meses. Dilma precisa usar o primeiro ano de governo para sacudir o país. Quem sabe em 2016 ela não poderá se tornar uma nova Dilma, paz e amor?

 

 

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