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jan 29 2014

“jeitão” brasileiro poderá salvar a Copa do Mundo

RENATO RIELLA
Se depender do jeitinho brasileiro, a Copa do Mundo será um fracasso. Nesse caso, teremos de apelar para o “jeitão” brasileiro. Se for assim, pode ser que a Copa até seja um sucesso, como foi a Jornada Católica da Juventude, no Rio.

O presidente da FIFA, o famigerado Joseph Btaller, admite que a preparação da Copa de futebol de 2014 no Brasil está mais atrasada do que a da África do Sul, em 2010.

“Mas não duvido que um grande país, com 200 milhões de habitantes, organizará um grande Mundial de futebol”, diz Blatter, em entrevista na revista francesa France Football.

“Esta é a primeira vez que um país dispõe de sete anos para organizar o Mundial e a preparação está atrasada”, lamenta o presidente da FIFA.

O suíço Joseph Blatter considera que os países europeus têm menos dificuldades em organizar Mundiais porque “o poder central é mais forte”. Refere, como exemplo, o caso da Rússia, que irá acolher a Copa de 2018. Na Rússia, confirma Blatter, a fase de preparação está “muito avançada”. (Mas não esqueçamos que a Rússia tem terrorismo, com mortes – calamidade ainda não existente no Brasil).

A Copa do Brasil terá grandes situações improvisadas. Diversos aeroportos, na reta final, receberão ampliações provisórias, com estruturas feitas por empresas de eventos, desmontáveis depois da Copa.

Os estádios, de maneira geral, estarão prontos, apesar de dois ou três atrasos preocupantes. Isso não quer dizer que os acessos às chamadas arenas serão concluídos.

E, em alguns casos, a área externa poderá apresentar imperfeições graves, mas nada que impeça a entrada de público.

Grande desgaste teremos com hospedagem. Falei longamente com um dos principais embaixadores que atuam no Brasil. Disse que espera a vinda de milhares de pessoas do seu país e não tem noção de como serão hospedados.

Há esperança de que, na reta final, muitas casas particulares sejam disponibilizadas. No DF, cerca de 400 estão cadastradas. Mas não esqueçamos que, na Jornada Católica, muita gente dormiu nas praias (haja praia, numa Copa do Mundo que tem 12 sedes).

Há grande insegurança em relação aos deslocamentos aéreos. Passagens caras, atrasos, suspensão de voos e outros possíveis problemas deixam os passageiros de avião com medo, mas a maioria arriscará. O maior perigo é chegar a Manaus ou a Natal depois do jogo. Aí será um fracasso!

Os preços dos hotéis e das passagens aéreas serão motivo de escândalo internacional, mas não esqueçamos que poderemos ter péssima repercussão se os protestos contra a Copa aumentarem.

Blatter quase tem razão ao afirmar que, apesar de tudo, teremos uma Copa do Mundo interessante, repetindo o otimismo da presidente Dilma.

Mas até lá o “jeitão” brasileiro terá de funcionar. No caso da Jornada, tínhamos mais esperança, porque acreditamos que Deus é brasileiro. Mas será que Ele se mete em organização de Copa do Mundo?

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