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jul 21 2014

JUSTIÇA DECRETA PRISÃO DE PESSOAL LIGADO AOS BLACK BLOCS

A Justiça decretou a prisão preventiva, no Rio, de 23 agitadores de rua com possível ligação com o movimento denominado de Black Blocs. Eles serão julgados e poderão permanecer presos, cumprindo penas por crimes a serem comprovados nos próximos tempos.

A medida é polêmica, pois se relaciona com a discutida liberdade de expressão, mas dessa vez a denúncia está fundamentada e os chamados ativistas estão encrecados.

Vale lembrar que eles são culpados pelo fim das manifestações autênticas da população. Milhares de pessoas deixaram de ir às ruas, desde o ano passado, para participar dos atos de protesto, porque as passeatas acabavam em cenas de vandalismo e destruição, até com morte (morreu um cinegrafista acertado com artefato de fogo).

O promotor da 26ª Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), Luís Otávio Figueira Lopes, apontou que ativistas decidiam em reuniões fechadas as ações violentas em manifestações nas ruas do Rio.

A indicação está no texto da denúncia encaminhada por ele na sexta-feira (18) ao juiz da 27ª Vara Criminal da Capital, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau. Após o recebimento da denúncia, o juiz decretou as prisões preventivas de 23 ativistas.

De acordo com o promotor, com a intensificação das manifestações e com as ocupações em regiões da cidade, houve a tentativa de unificação dos grupos, com a criação da Frente Independente Popular (FIP), que conforme o texto, era gerida por reuniões públicas e outras de natureza fechada, em que participavam as lideranças.

“Nessas reuniões fechadas estabeleceu-se que o protesto pacífico não seria meio hábil ao alcance dos objetivos dos grupos, tendo sido, então, definido que deveria ser incentivada a prática de ações violentas no momento das manifestações, tais como a depredação de bancos, de estabelecimentos comerciais e o ataque a ônibus e viaturas policiais”, indicou o promotor.

Ele disse que Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, pode ser identificada como uma das principais lideranças da FIP, junto com Igor Mendes da Silva, Leonardo Fortini Baroni Pereira, Emerson Raphael Oliveira da Fonseca, Camila Aparecida Rodrigues Jourdan, Felipe Proença de Carvalho Moraes, Luiz Carlos Rendeiro Junior e Drean Moraes De Moura Corrêa.

O promotor indicou que esses ativistas foram responsáveis pela decisão de incitar os ocupantes do movimento Ocupa Câmara [na Câmara Muncipal do Rio em agosto 2013] a promoverem a queima de um ônibus, o que foi feito após a realização de uma das reuniões fechadas da frente.

O promotor atribui ainda a Elisa Quadros a orientação para incendiar o prédio da Câmara. “Também durante tal ocupação, Elisa Sanzi foi vista comandando manifestantes no sentido de carregarem três galões de gasolina para a Câmara Municipal, passando a incitar os demais manifestantes a incendiar o prédio, objetivo não alcançado em razão da intervenção de outros participantes dos atos”, informou.

Ações semelhantes estão sendo feitas em São Paulo, numa parceria da Polícia com o Ministério Público e a Justiça.

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