RENATO RIELLA
Será no dia 27 de junho a licitação pela qual a Terracap pretende escolher a empresa que vai explorar o Parque Tecnológico Capital Digital (PTCD) nas próximas décadas.
Seria neste dia 29 de maio, mas houve adiamento, tendo em vista o interesse de grupos estrangeiros em participar. É mesmo necessário possibilitar que essas empresas consigam regularizar sua documentação.
O diretor de Novos Negócios da Terracap, engenheiro José Humberto Matias, está muito otimista e acredita que até oito grandes grupos possam disputar a licitação.
A abertura das propostas será um grande espetáculo, aberto ao público, no auditório da Terracap, a partir das 17h do dia 27 de junho de 2013.
PROJETO DE DESTAQUE
PARA O DISTRITO FEDERAL
Para quem não está por dentro do assunto, informo que o PTCD talvez seja o projeto mais importante de Brasília em todos os tempos. Em área de 120 hectares, já com licença ambiental, localizada antes do Balão do Torto (defronte do Lago Norte), será instalada a infra-estrutura de um polo digital que atrairá empresas nacionais e internacionais de Tecnologia da Informação (TI). Centenas de empresas brasilienses também se instalarão no local, gerando movimento previsto de 50.000 a 70.000 pessoas, quando a estrutura estiver montada, dentro de dez anos, mais ou menos.
O grupo vencedor da licitação do dia 27 terá de investir, com recursos próprios, R$ 1,3 bilhão para instalar o Parque. A Terracap entra com o terreno na Sociedade de Propósito Específico (SPE) que administrará e explorará esse espaço novo de Brasília.
A juventude brasiliense terá opção de trabalho em TI, ao tempo em que encontrará, no PTCD, instituições de formação tecnológica superior. É um show!
O que se temia era a falta de interesse dos grandes investidores nacionais e internacionais, mas a Terracap garante que essa ameaça está superada. Muitas empresas de construção e do mercado financeiro poderão se unir em consórcios para disputar a concorrência pública. Quando o Parque Digital começar a ser montado, as empresas locais poderão se habilitar a ocupar espaços na área, em condições técnicas de Primeiro Mundo.
A expectativa do setor é grande e o Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor) tem acompanhado de perto todas as discussões, negociando incentivos e facilidades para as empresas brasilienses. Por enquanto, no setor, está em funcionamento uma super-estrutura. Trata-se do datacenter nacional do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, investimento calculado na ordem de R$ 1 bilhão.
As cifras são monumentais, como monumental é o mercado de TI no Brasil, o único que cresce mais de 10% ao ano.