Os irmãos e fotógrafos Lula Marques e Alan Marques lançam hoje em Brasília, a partir das 19h30, no Mezanino da Torre de TV, o livro As Ondas do Mané Garrincha, no qual focalizam, em fotos geniais, a construção do estádio onde serão realizados sete jogos da Copa do Mundo.
O projeto tem o apoio do Governo do DF, que define o livro com a frase: “Os novos candangos e a construção de um gigante do futebol”.
Lula Marques escreveu texto sobre o tema, que reproduzo a seguir:
AS ONDAS DO MANÉ
Estava me sentindo nas nuvens. Foi uma sensação única fotografar a cobertura do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Dois grandes alpinistas, que participaram da montagem de toda a estrutura da cobertura, me ajudaram a chegar lá.
Depois de colocar toda a parafernália para minha proteção, respirei fundo e comecei a subir os mais de 40 metros. Também passei por corredores. A melhor tática é não olhar para baixo, e deixar rolar aquela adrenalina que só os fotógrafos conhecem.
Quando pisei no último degrau da escada, passei pela escotilha e subi na cobertura de lona do Mané, senti uma insegurança por temer que ela não aguentasse o meu peso, mas ufa!, a lona aguenta o peso de um carro pequeno. Olhei para o horizonte e vi uma imagem que lembrava os Lençóis Maranhenses.
As ondas da cobertura do Mané logo mudaram de formato e me vi nas nuvens – enxergava apenas a pontinha da Torre de TV e o maravilhoso céu de Brasília, como nunca tinha visto antes. Olhei e vibrei com cada foto. Foi lindo sentir a energia.
Eu era uma formiguinha neste monumento, que é uma arena multiuso, o Mané Garrincha. Vou confessar: a descida foi muito mais difícil, mas a sensação de colocar os pés em chão firme, depois de passar pouco mais de uma hora no ponto mais alto do estádio, foi maravilhosa.
