RENATO RIELLA
Assessoro empresas que lidam com o serviço público. Nas festas de fim de ano, já não podemos (nem devemos) dar qualquer presentinho a nenhum cliente. Nada de nada, de nadica!
Mas o presidente Lula confessa que se encheu de presentes, dando um péssimo exemplo aos jovens servidores. Felizmente, o meu sobrinho F., concursado da Justiça, age direito e fez relato emocionante no grupo Família Riella do Whatsapp, dando lição ao Nove-Dedos.
Leiam com atenção o relato do jovem servidor baiano. Eis o texto de F.:
“Certa vez, uma advogada me entregou uma cesta cheia de ovos de Páscoa, cada ovão da zorra, uns vinte.
Entreguei para o juiz. Ele determinou que fosse feito um ofício agradecendo e informando que os chocolates seriam doados a um orfanato.
Outro dia, um escritório de advocacia, famoso aqui na cidade, pediu para passarmos os nossos números de camisas, pois eles queriam nos presentear.
Desconversei, disse que o juiz não permite esse tipo de presente e não aceitamos.
Aí um ex-Presidente da República, com a cara mais lavada, diz que foi o presidente que mais recebeu presentes na história deste país.
É lógico que, por trás desses presentes, há um interesse escuso. É aí que nasce a promiscuidade entre o público e o privado – e o Lula deveria saber disso.
Ele, na condição de maior e mais importante servidor público da Nação, deveria dar o exemplo e não aceitar, assim como não aceitamos as pequenas e inocentes lembranças que nos ofertaram.
Lula não é mais honesto que nenhum de nós, definitivamente!”