Muitas vezes agradeço a Deus por não ser parlamentar eleito (nunca nem entrei em partido). Digo isso porque há decisões que deixam a gente dividido ao meio.
Uma delas é a redução da maioridade penal, rejeitada ontem na Câmara Federal. Compreendo os argumentos dos que defendem os adolescentes, os quais são contra a medida proposta, que daria aos menores de 16 anos a condição de condenados como criminosos.
Mas mantenho minhas preocupações: como fazer com o garoto de 16 anos que participa de crime monstruoso e assume a culpa total para proteger bandidos mais velhos?
Sem ter resposta, teria dificuldade para votar. Ficaria no maior dilema e até com remorso, votando sim ou não. Enquanto isso não acontece, esses bandidos de menor idade serão mortos e torturados nas ruas, numa revolta da população contra a impunidade. Haja poste para amarrar todos eles.
TAXISTAS SÃO REJEITADOS
O outro tema duvidoso veio da Câmara Legislativa, onde os distritais aprovaram projeto proibindo que o DF use o aplicativo Uber.
A proposta é do deputado Rodrigo Delmasso, que visou somente proteger o interesse da categoria dos taxistas, tão criticada e rejeitada em Brasília.
O Uber é um avanço, permitindo que carros diversos sejam cadastrados para fornecer serviço de transporte a partir de um telefonema.
No mundo todo, o povo adora o Uber, pois os taxistas sempre prestaram serviço deficiente, deixando a população no sol ou na chuva nos momentos mais difíceis.
A discussão sobre o Uber e sobre a maioridade penal não termina por aqui.
Os problemas das “crianças” monstruosas e dos taxistas acostumados a atender mal persistirão. O mundo é dinâmico e continuará buscando formas de superar essas deficiências da sociedade.