RENATO RIELLA
O Brasil precisa rezar para que, num provável segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), as duas se aprofundem na abordagem de temas vitais para o futuro do país. As duas estão nos enrolando!
No momento, Dilma defende os seus benefícios sociais como a salvação do país e tenta mostrar, de forma desleal, que Marina Silva vai destruir tudo o que existe de útil para diversos grupos da população.
E Marina não passa certeza de nada. O que ela pensa sobre a construção de hidrelétricas? E sobre a falta de água em São Paulo? Qual a solução dela para o Rio São Francisco, que está morrendo? Vai aceitar o reajuste da gasolina? Como fará para evitar que o setor elétrico quebre?
Marina e Dilma nunca explicam o que farão para que o Brasil tenha razoável crescimento do PIB em 2015.
Elas não têm opinião nem solução para a criminalidade. Quando morre um comandante da PM com tiro de fuzil numa favela no Rio de Janeiro, nenhuma das duas demonstra a necessária indignação, diante dessa perda de controle urbano numa grande cidade do mundo.
A discussão sobre a autonomia do Banco Central é inútil, complicada e mentirosa.
E assim por diante.
Marina Silva está praticamente garantida no segundo turno da eleição. Nessa outra etapa da disputa, quando estará frente a frente com Dilma, em condições de igualdade, precisa se desvendar.
Pode ser que, quebrado os enigmas, Marina seja a solução. Caso contrário, mesmo sendo o problema, Dilma pode ser reeleita. E aí, não adianta chorar.
