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nov 01 2018

MORO COM BOLSONARO

DECO BANCILLON

Já está praticamente certo que o juiz Sergio Moro vai aceitar ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

É uma jogada de mestre de ambos.

Bolsonaro quer encolher a Esplanada, juntando ministérios e, consequentemente, dando mais poder aos titulares das pastas anabolizadas. Foi assim com Paulo Guedes, que terá sob seu comando a Fazenda, o Planejamento e o Ministério da Indústria e Comércio Exterior.

E vai ser assim com Moro, que, ao aceitar o convite, será o chefe não só da Polícia Federal como também do atual Ministério da Segurança Pública (a cargo da intervenção do Rio), da Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção (que fiscaliza contratos do governo com empresas privadas, como empreiteras) e do Coaf — órgão que combate a lavagem de dinheiro.

Com essa jogada, Bolsonaro dará poderes máximos de investigação ao juiz que mudou o país ao mandar para a cadeia políticos como o ex-presidente Lula e Eduardo Cunha, além empresários bilionários na Operação Lava Jato.

É também um atalho para a chegada de Moro ao STF, já que nos próximos quatro anos vão vagar duas vagas de ministro no Supremo. O ministro decano Celso de Mello se aposentará compulsoriamente em novembro de 2020 e Marco Aurélio Mello, pelo mesmo motivo, irá deixar o STF em julho de 2021.

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