«

»

set 19 2014

NÃO CONFIE AGORA NAS PESQUISAS. —-TUDO PODE MUDAR, PODE MUDAR TUDO

RENATO RIELLA

Espere qualquer coisa na eleição nacional e na do DF.

Como dizem as pesquisas, tirando-se a margem de erro, hoje falta meio mês para a eleição. Mas não aposte ainda em ninguém.

Nas chamadas pesquisas estimuladas para presidente e para governador do DF, até parece, de forma ilusionista, que a parada está decidida.

Vejam só! No plano federal, restam menos de 20% de votos indefinidos. No DF, apenas 30% dos eleitores não escolheram em quem vão votar para governador. Isso nas pesquisas estimuladas

Mas não é verdadeiro. A partir de agora, o que vale mesmo é a pesquisa espontânea, na qual o eleitor diz em quem vai votar sem ser ajudado pela apresentação da lista de candidatos.

De estalo, de memória, mais da metade dos brasileiros ainda não escolheu os preferidos.

O instituto Datafolha fez esse questionamento em relação à eleição de deputados federais e estaduais (distrital, aqui). O resultado em todo o Brasil é assustador. Mais de 70% das pessoas não pensaram ainda em candidato a deputado (no DF, esse percentual sobe para quase 80%).

O que vai ocorrer na reta final? Esta é a pergunta.

Uma resposta fácil indica que o percentual de votos nulos e de abstenções, de modo geral, poderá ser alto.

No caso da eleição presidencial, a pesquisa estimulada Datafolha de hoje mostrou que Dilma está inabalável nos 37% (varia para 35% ou 36%), mas mantém sempre essa margem.

Marina Silva (PSB) entra em curva descendente, chegando a 30% – e corre risco.

Aécio Neves (PSDB) vinha desmoronando, mas já subiu para 17% e está em curva ascendente. Onde vão parar essas curvas?

Lembre-se que metade do eleitorado não se decidiu e pode gerar surpresas, decidindo votar no moço educado, quase bonito, que fica longe do bate-boca das mulheres sem charme.

O mesmo vale no DF. A pesquisa Ibope mostrou Rollemberg (PSB) com 29% – e Frejat (PR) e Agnelo (PT) com 21% cada.

No entanto, diversas outras pesquisas locais apresentam Frejat ainda bem menor do que isso, na faixa ampla que vai de 6% a 15%. Como chegou a 21% no Ibope?

Explico sempre isso. O Ibope faz pesquisa muito urbana, localizando eleitores em ambientes públicos. Com isso, não foca nos indecisos, que escondidos estão na periferia.

Portanto, Frejat pode estar crescendo, mas ainda não há um retrato confiável da sua performance.

Com mais de 50% de eleitores indefinidos no DF, nem Rollemberg está garantido, embora esteja com melhor resultado em todas as pesquisas.

O Brasil é um país perplexo, inconformado. A rigor, o eleitor preferia que todos esses políticos fossem para a China. Mas quem botar no lugar?

E como renovar os manda-chuvas dentro dos partidos?

Coitado do Brasil!

Todos os que leram esse comentário não vão concordar, pois já têm opinião formada.

Digo: sua opinião não vale nada neste momento de dúvidas. O Brasil se rejeita antes das urnas.

Não há nenhuma proposta que nos empolgue minimamente. A gente não acredita em ninguém.

Você acredita?

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*