Pais! Não tenham filhos!”.
Esta vai ser a recomendação do governo, dentro de alguns anos, pela ausência de pediatras para cuidar das crianças.
Os novos médicos não querem optar por essa especialidade.
Em Brasília, a situação já é crítica.
O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF determinou, liminarmente, que o Distrito Federal reabra os setores de pediatria dos Hospitais Regionais de Santa Maria (HRSM) e do Hospital Regional do Gama (HRG) – enfermaria, pronto socorro e ambulatório – e promova a integral recomposição do quadro de médicos da referida especialidade em ambos hospitais, com a finalidade de assegurar a plena e integral atividade desses serviços.
Na decisão, o juiz estipulou prazo de 10 dias para cumprimento da ordem judicial, bem como multa de R$ 10 mil/dia, caso seja descumprida.
A liminar foi concedida na Ação Civil Pública ajuizada pelo MPDFT, na qual o autor afirma ser grave a situação dessas duas unidades.
Segundo relatou, em abril do corrente ano, o DF editou a Portaria nº 66/2014, na qual suspendeu o atendimento pediátrico no HRSM e lotou os pediatras de lá no HRG.
A medida teria piorado a situação, já caótica, pois os pacientes, antes atendidos em Santa Maria, passaram a ter que se deslocar para o Gama.
Não obstante todo esse problema, o DF promoveu a instalação da Unidade de Pronto Atendimento – UPA em Ceilândia, deslocando médicos contratados temporariamente para o local, em detrimento dos dois hospitais.
Ainda segundo o órgão ministerial, embora haja autorização para realização de concurso para a Secretaria de Saúde desde 2013, até agora nada foi providenciado.
A iniciativa da Justiça é justa e necessária, mas o certo é que o Brasil não tem planejamento nessa área e está faltando pediatra em todas as regiões. Será um drama dentro de algum tempo.
