“Não haverá Copa” é movimento que está crescendo

Milhares de manifestantes participaram sábado de um protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, contra a Copa do Mundo, repudiando os gastos públicos com o evento organizado pela Fifa. Houve protestos de menor porte em seis outras capitais do país. Em todas as situações, os manifestantes tentam passar a imagem de que não haverá Copa.

Um manifesto assinado por cerca de 20 movimentos sociais explica as razões do ato.

“O levante de junho já mostrou claramente que os brasileiros já perceberam: os gastos bilionários na construção dos estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos de direitos sociais. Mas junho foi só o começo!”, assinala a nota.

No protesto realizado na Avenida Paulista, foram registrados confrontos entre manifestantes e o forte dispositivo policial. Pelo menos 127 pessoas foram detidas e libertadas no domingo. Um dos manifestantes recebeu tiros da Polícia Militar e está hospitalizado em estado grave.

Na última semana, uma outra manifestação contra os gastos da Copa e a má qualidade dos serviços públicos ocorreu em Natal, no Rio Grande do Norte. A manifestação foi realizada por ocasião da visita da presidente Dilma Rousseff ao estádio que vai acolher jogos do Mundial de Futebol.

Numericamente, esses protestos são inexpressivos, se comparados com as manifestações do ano passado. Mas há grande preocupação no governo com o crescimento das passeatas, situação que está sendo estudada hoje no Palácio do Planalto pela presidente Dilma com sua equipe.