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dez 22 2012

NÃO SE PRENDE NINGUÉM NO NATAL

RENATO RIELLA

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, decidiu não aceitar a proposta do procurador geral da República, Roberto Gurgel, de mandar prender os condenados no julgamento do Mensalão.

Alguns rotularam essa medida como fruto de bom senso. Prefiro acreditar que foi uma decisão técnica, à luz da lei. E não uma avaliação política, nem humanista.

No entanto, lembro de uma grande lição que recebi do jornalista Ari Cunha, na década de 80, quando estive na chefia do Correio Braziliense. Falei com ele, nas vésperas do Natal, sobre a necessidade de demitir um repórter que estava falhando na sua função.

Ari era firme e forte naquela época, cheio de sabedoria nordestina, e me contestou: “Aprendi que não se demite ninguém no período natalino. Você estará punindo a família do rapaz”.

Dito e feito. Deixei o assunto para janeiro. Acho até que o cara permaneceu no emprego depois disso.

Assim, afirmo que não se prende ninguém na véspera de Natal, em pleno recesso.

Por outro lado, o noticiário nos faz temer que o julgamento do Mensalão demore muito, muito tempo, para produzir resultados drásticos, como espera o povo brasileiro. Se as prisões não ocorrerem em 2013, haverá grave frustração na maioria da população, que vibrou com as condenações impostas pelo Supremo.   

 

 

 

 

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