RENATO RIELLA
Venho alertando aqui neste BLOG que 100% de tudo o que se refere à Copa do Mundo gera noticiário negativo. Parece que houve um esforço premeditado dos governos, da Fifa e da CBF para criar um clima desfavorável a esse grande evento, tão sonhado antes pelos brasileiros.
O relacionamento entre os três parceiros é péssimo e a presidente Dilma Rousseff chega a ficar de costas em eventos para não cumprimentar o presidente da CBF, José Maria Marin. Entre outros defeitos, ele vive comprometido com as torturas praticadas em presos políticos durante a ditadura.
Não existe ninguém escalado para falar sobre a Copa do Mundo, que é um super-acontecimento sem porta-voz. Ninguém se dá ao trabalho de explicar os preços dos estádios, nem os preços dos ingressos.
A presidente Dilma Rousseff e seus assessores não se dignam a fazer discursos mostrando o que os brasileiros ganham com a Copa do Mundo. Sinceramente, a gente ganha algo com essa Copa?
O legado, palavra que parece criada para este momento complicado, é nenhum. Além dos estádios, quase nada mais foi feito.
Aeroportos continuam críticos, vias de acesso aos grandes centros ficaram na conversa e os hotéis, com ampliação mínima, estão cobrando diárias desonestas.
O Brasil ainda corre o risco de perder a realização desta Copa do Mundo. Basta que cresça a revolta popular, sem a necessária reação política (não digo reação policial) dos governos.
Por exemplo, corre no Facebook, com amplo grau de multiplicação, a notícia de que cirurgias marcadas há muito tempo para o Hospital de Base de Brasília foram repentinamente suspensas por causa desse jogo entre as Seleções de Brasil e Japão. Pode ser mentira, mas desde o início do dia essa crítica está no ar sem que o GDF esclareça ou conteste o fato.
Há muitos boatos piores e o que pode minorar a imagem da Copa é o desempenho da Seleção de Felipão amanhã. Porém, se o Brasil perder para os japoneses, salve-se quem puder.