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jun 12 2017

O “ALEMÃO” ESTÁ ATINGINDO MUITA GENTE LIGADA A MIM

Tenho sofrido ao ver diversos amigos, com menos de 70 anos, dominados pela sombra do Alzhaimer.

Me parece que é uma degradação repentina. Meses antes pareciam normais, nas suas faixas de poder pessoal. De repente…

Chego perto deles e fico chocado. Tenho de dizer meu nome, recebendo uma resposta automática: “Oi, Renato”. Nem sabem quem eu sou.

Alguns ainda conseguem desenvolver uma conversa genérica. Perguntam pela minha família e perguntam o que tenho feito da vida. Mas certamente não estou identificado dentro daquele cérebro amigo.

Curiosamente, entre as centenas de mulheres que conheço, não vi nenhuma nesse estado ainda. Seria uma doença masculina?

Você que está lendo estas linhas deve se preocupar ao abordar este assunto. Será? Seria?

Da minha parte, tenho pouco medo de ser dominado pelo “Alemão”, não só pelo meu estado atual, de atenção total, mas também pelos antecedentes familiares.

Mas lembrei que, há décadas, demonstro “sintomas de Alzhaimer”, que administro com esperteza.

Na verdade, já trabalhei em mais de cem lugares diferentes, em Brasília e até fora daqui. Só de secretária, já devo ter convivido com mais de 300. Se for contar estagiários, são outros 300. E assim vai.

Encontro por aí pessoas que identifico como íntimas, sem saber de onde conheço.

Homens ou mulheres chegam, me abraçam, sabem coisas da minha vida, pedem conselhos, demonstram emoção. Mas minha memória não me leva a lugar nenhum, até que a pessoa dê alguma pista.

Portanto, se o “Alemão” me abraçar, já tenho o maior know-how… Vou conseguir enganar durante algum tempo. (RENATO RIELLA)

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