RENATO RIELLA
Não podia deixar de ir à posse do deputado Joe Valle na Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do DF.
Sou muito amigo dele e fui secretário nesta Supersecretaria na década de 90, onde pude fazer ótimo trabalho, que muito me orgulha até hoje.
Parei o carro no estacionamento do Tribunal de Contas do DF e fui andando ao Palácio do Buriti, onde não apareci desde o ano passado.
Lá chegando, fiquei assustado, revoltado, puto-da-vida de ver que uma cerca de um metro de altura contorna toda a área, só sobrando uma passagem estreita.
Nessa passagem, havia três policiais militares e um segurança de paletó. Dei a louca e parei na frente deles, dizendo duas ou três vezes: “Isto aqui está pior do que a Síria ou a Líbia”.
De repente, o segurança deu a maior gargalhada. Eles abriram espaço e passei. Os quatro riam!
A posse seria no térreo do palácio. Meu Deus, os homens piraram! Havia uma imensa fila do lado de fora, com as pessoas se identificando para entrar no foyer do palácio, numa única porta, bem apertada.
Fiquei mais três minutos reclamando ao vento e fui embora, pensando como era diferente no passado.
Posses, inclusive de governadores, eram feitas com as portas todas abertas, milhares de pessoas em pé, participando livremente da solenidade.
Infelizmente não pude desejar o apoio de mil anjos-da-guarda a Joe Valle, um cara inteligente, bem intencionado e rigoroso.
Quanto ao Palácio, está mais sitiado do que a Casa Branca.
