HÉLIO FERNANDES
Nos EUA, falam muito do impeachment de Donald Trump, com repercussão enorme no exterior. Mais pela importância do país e não por causa dele. No momento, nenhuma possibilidade do fato acontecer.
Mas, no destino e no futuro do atual presidente, há indícios que o aproximam bastante de Nixon.
AGONIA DO NIXON
Richard Nixon, com surpresa geral, se elegeu em 1968.
Começou a governar normalmente, foi o primeiro a visitar a China de Mao-Tse-Tung.
Ninguém imaginava a China comunista-capitalista de hoje, que o mundo não apenas suporta, mas admira.
Nixon foi decaindo. Se reelegeu em 1972, já com resquícios e mais do que falatórios sobre o que abalaria o mundo com o escândalo de Watergate.
Como, nos EUA, a partir da emenda constitucional 24 (de 1952, ratificada por Republicanos e Democratas), o presidente tem uma vida pública de oito anos, e depois mais nada, nem eleito nem nomeado, Nixon teve dois anos dolorosos, de 1972 a 1974.
Aí, só teria uma sobrevida de dois anos, imprensado entre os que lucrariam com o seu impeachment e os herdeiros da sua renúncia. Preferiu renunciar.
Trump ainda não está perto da opção.
PS- Mas também não está longe.
PS2- Trump viverá os dois anos trágicos de Nixon, entre 2019 e 2020.
PS3- Da forma, como transcorrer sua tentativa de reeleição, decidirão se ele será cremado ou sepultado.