HÉLIO FERNANDES
Todas as pesquisas, dos mais diversos Institutos, registram: a abstenção (e os sucedâneos para anular o voto) ultrapassam os 50 por cento dos inscritos.
Como os cidadaõs-contribuintes-eleitores são 146 milhões, os que desistirão do seu mais legitimo direito ultrapassam os 50 por cento..
Todos concordam, é muito, cálculo exagerado. Mas a descrença e a convicção de que não adianta votar está na razão direta da mediocridade dos candidatos e da inutlidade de escolher alguém nessa lísta repetitiva, e que vem de longe.
Dos oito que devem disputar o primeiro turno, pelo menos quatro já foram presidenciáveis.
Os outros quatro estão entre os mais recusados ou repudiados.
E não existe nenhuma possibilidade de modificação na qualidade dos que se apresentam como presidenciáveis.
Mas, à falta de atração dos candidatos, acrescente-se a displicência e o desinteresse dos eleitores. Com o mais profundo lamento, vou citar um exemplo, que pode se multiplicar indefinidamente.
PS-Clarice Herzog, anteontem, deu estranha entrevista. Textual: “Sou de esquerda, vou votar em Alckmin”. Contradição completa.
PS2- Mais grave ainda. Esqueceu que é viuva de um personagem historico, Wladimir Herzog, assassinado pela ditadura.
PS3-Não pode vir a público, dizer que votará em Alckmin. Insensato e clamoroso.