RENATO RIELLA
Futebol é uma caixinha de surpresas.
Esta é uma das maiores verdades da nossa vida.
Vejam vocês que o destruído, desmoralizado, rejeitado e velho jogador Leo Moura de repente reaparece.
Ele pode ser campeão do mundo jogando pelo Grêmio e enfrentando o Real Madri. O mesmo Leo Moura que, há pouco tempo, era reserva no Sport de Recife. Como é que pode?
No meio de campo, ele poderá participar da marcação do RC7 (Cristiano Ronaldo), cujo passe custa um milhão de vezes mais do que este velhinho hoje gremista.
Leo Moura, quem diria!
No início do ano, se algum vidente dissesse que este ex-flamenguista de coração seria campeão do mundo, acabaria internado como maluco.
Mas, não! Prestigiado pelo também reconstruído técnico Renato Gaúcho, o jogador carioca de quase 40 anos foi, durante o ano, um reserva dedicado.
De repente, teve a chance de jogar a partida semi-final do Campeonato Mundial Interclubes, com exibição útil e necessária.
Leo Moura… aquele mesmo que foi amigo íntimo e protetor do goleiro assassino Bruno. O mesmo Leo que esteve envolvido em escândalos contra colegas jogadores, com uma irmã trambiqueira. E que tomou vaia dos flamenguistas por ter entrado com ação trabalhista contra o time no qual jogou quase toda a vida.
Portanto, um jogador veterano poderá ser campeão do mundo, se Deus quiser, pois o Brasil todo torce pelo Grêmio.
Só não tentem pedir para escalar Leo Moura na Seleção Brasileira em 2018. Futebol é uma caixinha de surpresas – mas nade de exagerar.
