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mar 12 2014

O que há por trás da revolta do PMDB

RENATO RIELLA
O PMDB ocupa hoje a presidência da Câmara Federal indevidamente, por concessão da bancada petista, que era maioria e abriu mão dessa prerrogativa. Nunca entendi porque o PT deu este presente ao PMDB, partido que já tinha a presidência do Senado garantida.

Agora, os peemedebistas estão constatando que o PT fará novamente maioria na Câmara, na eleição de outubro. E desta vez os petistas não vão abrir mão de indicar o futuro deputado presidente.

Esta é uma das razões da crise entre os dois partidos. No fim, quem ganha é a população, pois os peemedebistas deputados decidiram atuar com rigor na defesa dos interesses da sociedade.

Uma das posições a se aplaudir é a rejeição do projeto do Marco Civil da Internet, perigoso de se aprovar em período eleitoral, pois amplia o poder do governo federal de interferir nas liberdades digitais de cada um de nós.

O Marco Civil da Internet precisa ser muito discutido e muito explicado em 2015, quando um novo Congresso e um novo governo estiverem eleitos.

Da mesma forma, a nova posição do PMDB, admitindo apoiar a criação de uma comissão para investigar a Petrobras, parece útil. Mas devemos esperar que isso não se restrinja à apuração de denúncia sobre suborno na Europa.

A Petrobras é uma caixa-preta, a mais perigosa do Brasil hoje, que precisa ser analisada democraticamente, de forma aberta. Os acionistas da empresa, que estão perdendo absurdamente com a queda das ações, querem entender o que está acontecendo. Quem sabe o Congresso Nacional não consegue obter respostas claras.

O certo é que a proximidade do momento eleitoral está tornando as relações políticas tensas, mas daqui a pouco teremos a Copa do Mundo e logo depois as eleições. Portanto, abril e maio serão meses emocionantes.

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